Mulheres brancas alcançam maior nível de instrução do que mulheres pretas e homens
Desigualdade racial é observada em dados da pesquisa "Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil", lançada nesta sexta-feira, 8Mulheres brancas brasileiras, em média, atingem um maior nível de instrução do que mulheres pretas e homens. Entre pessoas de 25 anos ou mais, 29% das mulheres brancas chegam a concluir o ensino superior, enquanto apenas 14,7% das mulheres pretas alcançam esse nível educacional. A estatística do grupo supera também a de homens brancos (24,9%) e pretos (10,3%).
Os dados oriundos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad-contínua) de 2022 foram utilizados no estudo “Estatísticas de Gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, lançado pelo Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 8.
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O estudo traz 51 indicadores sociais quantitativos com recorte de gênero em cinco temas: empoderamento econômico, educação, saúde e serviços relacionados, vida pública e tomada de decisões e direitos humanos das mulheres e das meninas. Os dados fazem parte do Conjunto Mínimo de Indicadores de Gênero (CMIG), elaborado pela Comissão Estatística das Nações Unidas.
Nas etapas da educação básica, a discrepância de frequência entre meninos e meninas mostra que as mulheres têm melhor situação educacional. Também há desigualdade entre brancas e pretas ou pardas neste indicador. Enquanto a taxa de frequência escolar de meninas brancas é de 84,4% no ensino médio, a de meninas pretas é de 76,7%.
Os indicadores da pesquisa também dão uma dimensão de como as desigualdades entre as regiões brasileiras afetam as mulheres. As mulheres do Nordeste são as que menos concluem o ensino médio, com 70,2% de taxa de conclusão. No Sudeste, a taxa é de 82,7%.