Chuvas no Acre podem ter "movido" bairro brasileiro para a Bolívia
O estado do Acre tem passado por fortes chuvas durante o mês de fevereiro, um bairro na sua fronteira, na cidade Brasileia, pode ter sido "movido" para Bolivia
06:00 | Mar. 02, 2024
Pelo menos 15 mil famílias foram deslocadas de suas casas depois que chuvas torrenciais causaram o transbordamento de rios e córregos. Por conta dessas fortes chuvas, a cidade de Brasiléia, no sul do estado do Acre e próxima à fronteira com a Bolívia, sofreu a maior enchente já registrada em sua história.
Dentro desta cidade, o bairro de Leonardo Barbosa teve sua única rua de acesso engolida pela água. As imagens da erosão oriundas das fortes chuvas indicam que o bairro pode ter ficado anexado ao território da Bolívia.
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Isso porque, quando a única rua de acesso foi engolida pela água, as águas provocaram uma possível erosão. Caso a corrosão seja confirmada, o bairro Leonardo Barbosa pode ter ficado isolado ao lado do território boliviano, que o rodeia.
As enchentes na cidade de Brasiléia, a mais de 200 quilômetros de Rio Branco, capital do estado, fizeram com que o nível da água do rio Acre subisse para 15,56 metros na cidade, segundo dados da Defesa Civil Estadual. O cenário supera a enchente histórica de 2015, quando o rio atingiu 15,55 metros.
A ponte que liga Brasiléia à cidade de Epitaciolândia está fechada ao trânsito desde domingo, 25, assim todo o acesso para a cidade é via transportes fluviais.
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Enchente no Acre: esforços para auxiliar a população
Com 12 dos 14 bairros de Brasiléia alagados, muitas pessoas buscam ajuda em abrigos, tendo sua única locomoção plausível através de barcos e canoas. São ao todo 16 abrigos com auxílio de 500 profissionais na cidade para acolher um total de 319 famílias.
Diversas pontes de acesso foram destruídas e seis comunidades completamente estão isoladas.
O fórum, a prefeitura e a delegacia da cidade estão debaixo d’água. Um número total de 15 prédios públicos está inundado, segundo a CNN.
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Enchente no Acre: prefeita disse que sua casa está inundada
Em entrevista com a CNN, a prefeita Fernanda Hassem relatou que esses problemas oriundos das fortes chuvas, que resultam em enchentes, são algo recorrente sempre no início de cada ano. Ela chegou a relatar que sua própria residência, assim como a Prefeitura, está submersa.
“Até a minha casa está toda submersa. Eu até consegui tirar a maior parte das coisas. Na cheia do ano passado eu perdi tudo. Minha dor é até pequena perto dos outros que perderam tudo”, completa Fernanda.
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