Homem expulso de padaria é preso por suspeita de roubar R$ 100 mi
Cliente foi expulso por usar notebook no local; homem foi preso durante a Operação Fast da PF, que investiga uma suspeita de fraude em criptomoedasO empresário Alan Barros, que foi expulso de uma padaria em São Paulo no início de fevereiro, foi preso preventivamente em Curitiba. Barros é suspeito de estar envolvido com um grupo que dá golpes com criptomoedas e que já teria movimentado R$ 100 milhões em fraudes.
Dono de padaria tenta agredir clientes por uso de notebook no local; RELEMBRE
É + que streaming. É arte, cultura e história.
A operação foi deflagrada na terça-feira, 27 de fevereiro.
Operação Fast: PF investiga grupo há dois anos
A associação criminosa, da qual Allan é suspeito de fazer parte, é investigada pela Polícia Federal (PF) desde 2022. O grupo é sediado em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
De acordo com informações da PF, os criminosos realizavam golpes com criptomoedas e NFTs (sigla para tokens não-fungíveis, em inglês) nos estados de Santa Catarina e Paraná.
Os golpes eram feitos com a proposta de uma criptomoeda desenvolvida pelos investigados e que ofertaria lucros. É especulado pela PF que as vítimas chegam a mais de 20 mil pessoas.
O lançamento da nova moeda foi promovido em uma Feira de Criptoativos em Dubai. A partir do não cumprimento dos altos lucros, as vítimas denunciaram o caso à Polícia Federal como uma pirâmide financeira.
Ao g1 Santa Catarina, o delegado Maurício Todeschini enfatizou tratar-se de um golpe. "Essa criptomoeda existe, mas as pessoas não conseguem negociá-las. O banco digital prometeu cartões, prometeu operar com uma instituição financeira, porém nada disso funciona. As pessoas colocam o criptoativo dentro desse banco, elas não conseguem movimentar", explica.
Homem preso por roubar R$ 100 milhões: o que a defesa diz
De acordo com uma nota dos advogados, a defesa de Alan Deivid de Barros e da empresa Unimetaverso Gestão de Ativos Digitais e Marketing LTDA nega que o seu cliente tenha prejudicado alguém ou que tenha subtraído o valor citado.
PF investiga russo em condomínio de luxo no Eusébio por lavagem de criptomoedas; ENTENDA
"Refutamos categoricamente a alegação de que nosso cliente tenha subtraído a quantia de R$ 100.000.000,00 ou que tenha prejudicado entre 5 a 22 mil pessoas", apontam. "Esses números, mencionados no relatório policial, são baseados em suposições da autoridade policial, sem comprovação efetiva", argumentam.
A defesa afirma ainda que "até o momento, somente um número ínfimo dessas supostas vítimas efetuou denúncias formalmente, sendo a maior parte destas ex-colaboradores e concorrentes no setor empresarial".
Para os advogados, "a decisão de decretar prisão preventiva parece desproporcional, considerando que o caso não envolve violência ou grave ameaça, e que existem medidas cautelares mais adequadas para assegurar o andamento do processo".
Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente