Tempestade Akará: entenda fenômeno raro no sul do Brasil

O estágio da tempestade é considerado anterior a um furacão, mas a tendência é que ela se dissipe em mar aberto no decorrer da semana. Entenda o fenômeno

A tempestade tropical Akará iniciou-se na noite do domingo, 18, a partir da intensificação de uma depressão tropical que estava em alto-mar, na altura da costa de São Paulo desde a quinta-feira, 15.

De acordo com meteorologistas da Climatempo, só houve quatro tempestades tropicais no Brasil até hoje. Entre elas o Ciclone Catarina, em 2004, e Iba, em 2019.

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Todos os eventos aconteceram no mês de março dos seus respectivos anos, pois o verão é uma época do ano comum para essas ocorrências.

Tempestade tropical: o que é?

A tempestade tropical é uma área de baixa pressão que ajuda na formação de nuvens carregadas. A baixa pressão atmosférica é um fenômeno especial que ocorre em águas oceânicas brasileiras.

Quem nomeia estas áreas de baixa pressão atmosféricas especiais é a Marinha do Brasil, mas um nome só é dado após atingir um valor mínimo de pressão atmosférica e produzir ventos com no mínimo 63 km/h e menores do que 118 km/h.

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Tempestade tropical Akará

Batizada de Akará, um tipo de peixe em Tupi, o fenômeno é o primeiro ciclone a ganhar nome desde a tempestade subtropical Yakecan, em maio de 2022.

Ela está em alto-mar, mas se movendo para sudoeste, com tendência para o litoral de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

É possível, porém, que o Litoral Norte enfrente alguns dias com rajadas de vento que podem variar entre 40 km/h e 60 km/h. O fenômeno poderá causar ventos de até 85 km/h e ondas de até 5 metros no entorno do ciclone, exigindo atenção e cautela dos navegantes, de acordo com a Marinha.

Evolução da tempestade tropical Akará

  • 15/2/2024 (início) - depressão subtropical, com ventos menores do que 63 km/h e pressão atmosférica mínima de 1010 hPa;
  • 16/2/24 - sistema se manteve como depressão subtropical, ainda na costa do Rio de Janeiro, e à noite a pressão atmosférica mínima foi de 1008 hPa;
  • 17/2/24 - sistema se manteve como depressão subtropical, na altura da costa sul do Rio de Janeiro, deslocando-se para sul em direção à costa de São Paulo;
  • 18/2/2024 - na manhã do domingo o sistema ganha força e foi reclassificado como depressão tropical na altura da costa de São Paulo, o ciclone produzia ventos ainda menores do que 63 km/h;
  • 18/2/24 - na análise meteorológica da Marinha do Brasil de 21 horas, o ciclone se intensificou um pouco mais e foi reclassificado como tempestade tropical, recebendo o nome de Akará. O sistema estava em alto-mar, na altura do litoral sul de São Paulo e do Paraná, com ventos estimados entre 63 km/h e até valores menores do que 118 km/h;
  • 19/2/24 - tempestade tropical Akará é observada em alto-mar, na costa de Santa Catarina, com pressão atmosférica mínima de 998 hPa, com ventos entre 63 km/h e 118 km/h.

Com ventos sustentados ao redor de 70 km/h, a tendência é que a tempestade siga com rumo para o Sul, longe do continente, até se dissipar em alguns dias, não oferecendo perigo em terra firme, segundo o Climatempo.

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Ciclones: o que são?

Os ciclones são fenômenos meteorológicos caracterizados por um centro de baixa pressão atmosférica e podem ser classificados como extratropicais, quando associados a uma frente fria, e subtropicais ou tropicais, de acordo com a estrutura térmica vertical.

Todos os ciclones subtropicais e tropicais também são classificados quanto à intensidade dos ventos como depressão, tempestade ou, no caso dos tropicais, furacão.

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