Fuga em Mossoró: "não tiveram apoio externo", aponta Federação de Policiais Penais

O documento garante que "se tiver algum policial penal envolvido, cortaremos a própria carne sem qualquer corporativismo". Veja detalhes da declaração

Os dois fugitivos do presídio federal de Mossoró não tiveram apoio externo. É o que aponta a Federação Nacional dos Policiais Penais Federais (FenaPPF), união dos cinco sindicatos de policiais penais federais existentes, em carta aberta publicada nesse sábado, 17.

"Não havia logística externa, eles não possuíam veículo para fuga, celulares, casa de apoio nem rota de fuga, o que nos leva a acreditar que não houve planejamento prévio e sim uma oportunidade que foi aproveitada e infelizmente obtiveram êxito", afirma a carta.

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O documento assinado por Gentil Nei Espírito Santo da Silva, presidente da FenaPPF, enfatiza ainda que "apesar do ocorrido, as penitenciárias federais continuam seguras e cumprindo o seu devido papel: o isolamento de lideranças criminosas inseridas no Sistema Penitenciário Federal (SPF)".

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Fuga de Mossoró: policiais penais criticam suposições, mas lançam hipóteses

Após detalhar as funções dos policiais penais federais nas prisões de segurança máxima, a carta critica que a classe esteja sendo responsabilizada pela fuga e acusada, "direta ou indiretamente, de corrupção por algumas pessoas públicas e formadoras de opinião de forma totalmente irresponsável, pois as investigações ainda estão em curso".

O documento aponta que condenados de "altíssimo poder econômico" cumprem pena neste momento na mesma penitenciária federal. A Federação afirma que "existem presos mais expressivos que há 17 anos esperam uma chance de fuga" e questiona "de que forma esses presos foragidos teriam conseguido cooptar policiais penais federais com tanta facilidade, uma vez que chegaram em setembro de 2023 na unidade?".

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Apesar de enfatizar a necessidade de aguardar as investigações, a FenaPPF lança uma hipótese: "a cidade de Mossoró tem um índice de salinidade muito elevado, o que acelera a degradação das estruturas, e não se descarta a hipótese do vergalhão que o foragido utilizou inicialmente para arrancar a luminária seja da própria estrutura da cela".

Fuga de Mossoró: "cortaremos a própria carne"

"Findadas apurações, se tiver algum policial penal envolvido, cortaremos a própria carne sem qualquer corporativismo", garante Gentil Nei Espírito Santo da Silva. "As entidades sindicais esperam que tudo seja apurado e, havendo responsáveis, que respondam pelas suas ações e/ou omissões na forma da Lei."

A carta finaliza afirmando que "o brilhante histórico desses profissionais" não pode ser ignorado e pede "somente quem, de certa forma, tiver errado responda pelos respectivos erros". "Este episódio não pode se transformar em caça às bruxas para servir de exemplo, pois é uma questão de Justiça", encerra.

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