Governo lança serviço que promete transformar celular roubado em "metal inútil"
Programa Celular Seguro vai oferecer site e aplicativo que podem inutilizar telefones extraviados. O site já está no ar e o aplicativo estará disponível nesta quarta-feira, 20O Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, apresentou, nesta terça-feira, 19, o Projeto Celular Seguro. O projeto quer combater o roubo e o furto de telefones aparelhos telefônicos em todo o Brasil. O site já está no ar e o aplicativo estará disponível para Android e iOS a partir desta quarta-feira, 20.
Pelas plataformas Celular Seguro, a vítima dos crimes pode bloquear o aparelho e aplicativos de banco com um único clique. O objetivo, além de combater os crimes, é diminuir a subnotificação de roubos e furtos de celulares.
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“Detectamos uma clara dificuldade na comunicação entre a Anatel e a população, e isso gerou uma subnotificação nos casos de roubo e furto de celular muito grande. Percebemos estados que passaram um ano e meio sem notificar esses crimes”, afirma o secretário Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.
Cappelli revelou que o desafio começou há seis meses, por ordem do ministro Flávio Dino. “Estamos construindo um botão de emergência. Nosso objetivo é transformar um aparelho roubado num pedaço de metal inútil e acreditamos que, com isso, vamos reduzir muito o delito e aquilo que estimula o delito, que é a receptação”, aponta.
Nessa primeira fase do programa, a plataforma vai bloquear cada aparelho roubado ou furtado. Numa segunda etapa, o projeto Celular Seguro também vai bloquear a linha de telefone. A intenção é dar essa segundo passo até o Carnaval.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi a parceira na operacionalização da plataforma, segundo o presidente da agência, Carlos Manuel Baigorri, o trabalho foi simples.
“Fizemos pequenas mudanças no que tínhamos para resolver o problema e tirar o intermediário disso. Para a Anatel, foi relativamente simples, mas satisfatório pela certeza de que o desejo era resolver o problema”, avalia.
Como vai funciona
O primeiro passo é baixar o aplicativo ou acessar o site da plataforma. É necessário ter registro no portal gov.br, pois só ele dá acesso ao aplicativo. Após aceitar os termos de uso, o usuário vai registrar o telefone e conectá-lo ao CPF. Logo depois, é preciso cadastrar as pessoas de confiança — aquelas que vão criar as ocorrências em caso de perdas, roubos ou furtos do aparelho.
Com tudo cadastrado, basta registrar qual aparelho foi extraviado e o quê, quando e onde ocorreu. Após a ocorrência ser registrada, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas. Cada empresa vai disponibilizar o tempo de bloqueio diretamente na plataforma Celular Seguro.
Bancos e instituições financeiras que aderiram ao Celular Seguro
- Febraban - Federação Brasileira de Bancos
- Banco do Brasil
- Caixa Econômica Federal
- Bradesco
- Santander
- Itaú
- Banco Inter
- Sicoob
- XP Investimentos
- Banco Safra
- Banco Pan
- BTG Pactual
- Sicredi
Empresas de telefonia que aderiram ao projeto
[Bloqueio dos aparelhos celulares (IMEIs) a partir de agora. Bloqueio das linhas telefônicas entrará em vigor até fevereiro]
- Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações
- ABR
- Conexis Brasil Digital
- Claro
- Vivo
- Tim
- Algar
- Ligga
- Google, Ifood, 99 Táxi e Uber já assinaram o protocolo de intenções para adesão ao Projeto Celular Seguro, mas ainda não estão na platafoma.