Governo lança serviço que promete transformar celular roubado em "metal inútil"

Programa Celular Seguro vai oferecer site e aplicativo que podem inutilizar telefones extraviados. O site já está no ar e o aplicativo estará disponível nesta quarta-feira, 20

16:35 | Dez. 19, 2023

Por: João Paulo Biage
Secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Capelli apresentou detalhes do Celular Seguro (foto: João Paulo Biage / O POVO)

O Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública, apresentou, nesta terça-feira, 19, o Projeto Celular Seguro. O projeto quer combater o roubo e o furto de telefones aparelhos telefônicos em todo o Brasil. O site já está no ar e o aplicativo estará disponível para Android e iOS a partir desta quarta-feira, 20.

Pelas plataformas Celular Seguro, a vítima dos crimes pode bloquear o aparelho e aplicativos de banco com um único clique. O objetivo, além de combater os crimes, é diminuir a subnotificação de roubos e furtos de celulares.

“Detectamos uma clara dificuldade na comunicação entre a Anatel e a população, e isso gerou uma subnotificação nos casos de roubo e furto de celular muito grande. Percebemos estados que passaram um ano e meio sem notificar esses crimes”, afirma o secretário Executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.

Cappelli revelou que o desafio começou há seis meses, por ordem do ministro Flávio Dino. “Estamos construindo um botão de emergência. Nosso objetivo é transformar um aparelho roubado num pedaço de metal inútil e acreditamos que, com isso, vamos reduzir muito o delito e aquilo que estimula o delito, que é a receptação”, aponta.

Nessa primeira fase do programa, a plataforma vai bloquear cada aparelho roubado ou furtado. Numa segunda etapa, o projeto Celular Seguro também vai bloquear a linha de telefone. A intenção é dar essa segundo passo até o Carnaval.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) foi a parceira na operacionalização da plataforma, segundo o presidente da agência, Carlos Manuel Baigorri, o trabalho foi simples.

“Fizemos pequenas mudanças no que tínhamos para resolver o problema e tirar o intermediário disso. Para a Anatel, foi relativamente simples, mas satisfatório pela certeza de que o desejo era resolver o problema”, avalia.

Como vai funciona

O primeiro passo é baixar o aplicativo ou acessar o site da plataforma. É necessário ter registro no portal gov.br, pois só ele dá acesso ao aplicativo. Após aceitar os termos de uso, o usuário vai registrar o telefone e conectá-lo ao CPF. Logo depois, é preciso cadastrar as pessoas de confiança — aquelas que vão criar as ocorrências em caso de perdas, roubos ou furtos do aparelho.

Com tudo cadastrado, basta registrar qual aparelho foi extraviado e o quê, quando e onde ocorreu. Após a ocorrência ser registrada, os bancos e instituições financeiras que aderiram ao projeto farão o bloqueio das contas. Cada empresa vai disponibilizar o tempo de bloqueio diretamente na plataforma Celular Seguro.

Bancos e instituições financeiras que aderiram ao Celular Seguro

  • Febraban - Federação Brasileira de Bancos
  • Banco do Brasil
  • Caixa Econômica Federal
  • Bradesco
  • Santander
  • Itaú
  • Banco Inter
  • Sicoob
  • XP Investimentos
  • Banco Safra
  • Banco Pan
  • BTG Pactual
  • Sicredi

Empresas de telefonia que aderiram ao projeto

[Bloqueio dos aparelhos celulares (IMEIs) a partir de agora. Bloqueio das linhas telefônicas entrará em vigor até fevereiro]

  • Anatel - Agência Nacional de Telecomunicações
  • ABR
  • Conexis Brasil Digital
  • Claro
  • Vivo
  • Tim
  • Algar
  • Ligga
  • Google, Ifood, 99 Táxi e Uber já assinaram o protocolo de intenções para adesão ao Projeto Celular Seguro, mas ainda não estão na platafoma.