Governo consegue liminar contra publicações falsas que associem a vacina da Covid com a Aids

O site em questão, realiza publicações com inverdades envolvendo doenças, em especial a Covid e a Aids

22:08 | Dez. 18, 2023

Por: Mario Henrique Lima
O site e o canal do Telegram foram alvos da liminar para a remoção de conteúdo falso (foto: divulgação )

O Governo Federal em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) obteve liminar definindo a remoção de publicações com inúmeras inverdades associando a vacinação contra a Covid e a contração da Aids. A liminar é tanto para o site tribunanacional.com.br quanto para o canal no Telegram.

O site, que insiste em postar desinformações, já disse que apresentador famoso de direita da TV britânica contraiu Aids após se vacinar, entre outras inverdades. Observa-se que as inverdades possuem um certo padrão, sempre tentando associar a vacinação de Covid-19 com a Aids.

Além da remoção da postagem, que teve pelo menos três milhões de acessos, a liminar ainda pede que sejam deletadas outras 20 postagens em um prazo de 24 horas, sob pena diária de 10 mil reais, caso a medida não seja cumprida. A petição é movida para os donos do domínio do site, Luiz Cláudio Custódio da Silva, que assina algumas publicações, Vinicius Mariano de Souza e Maria Cristina de Almeida Barroso.

Foi verificado, com pesquisas entre a AGU e a Secretaria de Comunicação Social (Secom), um aumento expressivo do termo “VAIDS” na internet, e constataram que a página em questão é ligada a uma rede internacional de desinformação. Parte das publicações falsas são traduções desses portais internacionais.

O site, que se diz fazer “jornalismo independente”, oferece aos visitantes a opção de apoiar os conteúdos por meio de pagamentos via Pix, em nome de Luiz Cláudio Custódio da Silva. Além de espalharem inverdades, os responsáveis também atuam com a finalidade de monetizar o conteúdo falso.

A AGU informa que a redução da cobertura vacinal, verificada em dados recentes do Ministério da Saúde, compromete a imunidade coletiva e aumenta a possibilidade de surtos de doenças que podem ser prevenidas, colocando em risco a população.

A ação foi elaborada pela Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD) a partir de informações levantadas pela Secretaria de Comunicação (Secom) da Presidência da República, no âmbito do Comitê de Enfrentamento da Desinformação sobre o Programa Nacional de Imunizações e as Políticas de Saúde Pública.