Renato Cariani investigado pela Polícia: saiba tudo sobre o caso
Influencer e fisiculturista Renato Cariani é investigado pela Polícia em caso com mais de 60 possíveis notas fraudulentas; veja o que se sabe até agora
19:58 | Dez. 13, 2023
Investigado pela Polícia Federal, o influencer fitness Renato Cariani é suspeito de participar de um esquema de desvio de produtos químicos para o narcotráfico produzir toneladas de drogas, especialmente crack. A Operação Hinsberg foi deflagrada pela PF nessa terça-feira, 12.
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Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão na residência do fisiculturista de 47 anos de idade após 60 transações dissimuladas para mascarar desvio de produtos químicos para produção de drogas.
Abaixo, entenda o que se sabe até agora sobre a operação:
Renato Cariani investigado pela Polícia: entenda o caso
Segundo a PF, o principal alvo no caso é a empresa Anidrol, uma indústria química que fica em Diadema, na grande São Paulo, e tem como sócio o influenciador fitness.
"As investigações revelaram que o esquema abrangia a emissão fraudulenta de notas fiscais por empresas licenciadas a vender produtos químicos em São Paulo, usando “laranjas” para depósitos em espécie, como se fossem funcionários de grandes multinacionais, vítimas que figuraram como compradoras", informou a PF.
Os levantamentos foram feitos a partir das notas fiscais emitidas pela Anidrol e identificaram mais de 60 possíveis notas fraudulentas.
"O dinheiro foi depositado para a empresa investigada e as pessoas que haviam depositado esses valores não tinham vínculo nenhum com as empresas farmacêuticas", afirmou Fabrizio Galli, delegado da PF responsável pelo caso.
Ainda segundo Galli, as investigações demonstram que os sócios tinham conhecimento pleno daquilo que estava sendo investigado, do desvio de produtos químicos.
"Há diversas informações bem robustas nas investigações que determinam a participação de todos eles de maneira consciente, não há essa cegueira deliberada em relação a outros funcionários, eles tinham conhecimento em relação ao que estava acontecendo dentro da empresa".
Renato Cariani investigado pela Polícia: criminalista comenta sobre o caso
O programa O POVO News realizou mais uma edição trazendo as últimas informações sobre a operação da Polícia Federal (PF). O influenciador, que também é personal trainer dos famosos, virou alvo da PF por tráfico de drogas. Para comentar sobre o caso, o programa recebe o advogado criminalista, Flávio Uchôa.
Renato Cariani investigado pela Polícia: como a operação começou?
As investigações começaram em 2019, quando a farmacêutica AstraZeneca procurou o Ministério Público para informar que a Anidrol, empresa do influencer, emitiu notas fiscais no ano de 2017 referente a movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas.
Logo depois da primeira denúncia, a Cloroquímica também representou contra a Anidrol por conta da emissão fraudulenta de quatro notas fiscais, de abril e junho de 2017. Na ocasião, a empresa afirmou que nunca teve relações comerciais com a empresa de Cariani.
No ano seguinte, a LBS Laborasa comunicou à PF mais uma fraude em notas fiscais, emitidas pela Anidrol, juntamente com outra empresa, a Quimietest, da qual a esposa de Cariani foi sócia.
Além da PF, o caso também foi investigado e arquivado pela Polícia Civil, mas arquivado há oito meses.
Renato Cariani investigado pela Polícia: como funcionava o esquema?
De acordo com a PF, a empresa de Cariani desviava solventes como o acetato de etila, acetona, éter etílico, cloridrato de lidocaína, manitol e fenacetina, todos usados para produzir cocaína e crack, e emitia notas fiscais falsas da suposta venda deles para empresas farmacêuticas de renome no mercado.
Os produtos eram entregues a Fábio Spínola Mota, amigo do influencer. Era ele quem direcionava a entrega para o tráfico. Segundo as investigações, Spínola criou um falso e-mail em nome de um suposto funcionário da AstraZeneca, com quem a empresa de Cariani teria negociado a compra dos produtos.
A PF interceptou algumas trocas de mensagens entre Cariani e a sócia. Apesar de antigas, as mensagens apontam, segundo o inquérito, que eles tinham conhecimento do monitoramento por parte da polícia. O influencer afirmou, em vídeo divulgado nesta terça, ter sido surpreendido pela operação da PF.
"Poderemos trabalhar no feriado para arrumar de vez a casa e fugir da polícia". Pelo contexto do diálogo, os investigadores dizem que o fisiculturista sabia que era investigado.
Renato Cariani investigado pela Polícia: pronunciamento do influencer
Em vídeo publicado nas redes sociais, o influenciador negou envolvimento no esquema. Ele disse que foi surpreendido pela operação da PF e afirmou que seus advogados ainda não tiveram acesso ao processo.
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"Fui surpreendido com um mandado de busca e apreensão da polícia na minha casa, onde eu fui informado que não só a minha empresa, mas várias empresas estão sendo investigadas num processo que eu não sei, porque ele corre em "processo de justiça" [sic]. Então, meus advogados agora vão dar entrada pedindo para ver esse processo e, aí sim, eu vou entender o que consta nessa investigação", afirmou.
Na mensagem, ele defende a empresa da qual é sócio.
"Eu sofri busca e apreensão porque eu sou um dos sócios, então, todos os sócios sofreram busca e apreensão. Essa empresa, uma das empresas que eu sou sócio, está sofrendo a investigação, ela foi fundada em 1981. Então, tem mais de 40 anos de história", afirma.
"É uma empresa linda, onde a minha sócia, com 71 anos de idade, é a grande administradora, a grande gestora da empresa, é quem conduz a empresa, uma empresa com sede própria, que tem todas as licenças tem todas as certificações nacionais e internacionais. Uma empresa que trabalha toda regulada. Então, para mim, para a minha sócia, para todas as pessoas, foi uma surpresa", completou.
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