Cidades-fantasmas? Conheça 5 lugares no Brasil que foram abandonados ou esquecidos

O POVO separou 5 locais históricos do Brasil que hoje estão completamente abandonados e se tornaram verdadeiras cidades-fantasmas; confira

Você já assistiu a um filme onde a população inteira de uma cidade simplesmente desapareceu? Pode até parecer ficção, mas essas histórias já aconteceram na vida real, e pode ter acontecido em um município mais próximo da sua casa do que você imagina.

O POVO selecionou algumas cidades do Brasil que viu a sua população reduzir ou até desaparecer completamente por diversos motivos como brigas políticas, decadência econômica ou até lendas que tentam explicar o sumiço dessas pessoas.

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Confira abaixo 5 cidades que antes eram habitadas por milhares de pessoas, e hoje a vegetação entre as ruínas é a única denuncia do que um dia servia de lar.

Cococi, no Ceará

Cococi é um distrito cearense do município de Parambu, no Sertão dos Inhamuns. A “cidade fantasma” foi criada no século XVIII, com pouco mais de 2 mil habitantes, segundo o censo do Instituto Brasileiro dew Geografia e Estatística (IBGE) em 1950. 

Praça, hotel, cartório, câmara municipal e até um posto fiscal poderiam ser encontrados na região. Mas, hoje, as ruínas do local entre as vegetações servem como registro histórico de que ali um dia houve uma cidade.

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Por causa da estiagem, os moradores deixaram a cidade, restando apenas duas famílias que em 2023 ainda residem na região. O último grande acontecimento no local foi em 1979, quando a então cidade voltou a ser distrito do município de Parambu após uma suposta briga entre o governo militar e o prefeito da época.

Fordlândia, no Pará

Localizada no município de Aveiro, no Pará, a Fordlândia foi pensada para ser uma cidade operária para atender os desejos do empresário da indústria automobilística Henry Ford que, disposto a investir na extração do látex no Brasil, comprou cerca de 14,5 km² de terra no norte do País em 1927.

A ideia era construir uma cidade onde seus funcionários pudessem morar e cultivar a seringueira, que seria utilizada para a produção de borrachas para os pneus da fábrica da Ford.

O sonho de construir a Fordlândia iniciou em 1928, quando a floresta começou a ser derrubada para a construção das casas e plantações de seringueiras. Para se ter uma ideia, dois navios com materiais de construção chegaram ao local.

A cidade era uma grande vila estadunidense no meio da floresta, pois as casas eram construídas com base no modelo arquitetônico vigente nos Estados Unidos na época.

A Fordlândia tinha hospital, hotel, piscina e até gramado para golfe. Porém, treze anos depois do início da construção, o sonho de Ford foi oficialmente encerrado, em 1945, em acordo com o Governo Federal. Desde então, ficou conhecida como “cidade fantasma”.

São João Marcos, Rio de Janeiro

Quem visita o Parque Arqueológico Ambiental São João Marcos, no Rio de Janeiro, não imagina que o local foi uma cidade até meados de 1940 e que já chegou a ter mais de 18 mil pessoas antes de ser desapropriado. 

Fundada em 1739, após a construção de uma capela, o povoado foi crescendo ao redor da igreja. A região era privilegiada com boas condições para o plantio de café, fruto que foi essencial para o seu desenvolvimento.

A cidade tinha prefeitura, câmara municipal, cadeias, duas escolas, hospitais, igrejas, lojas de comércio, clubes e até dois cemitérios.

Apesar de próspero, o local precisou ser desapropriado por ordem do então presidente da República Getúlio Vargas, para a construção de uma barragem. Com o decreto de Vargas, a cidade foi desocupada e demolida.

Atualmente as ruínas do antigo município podem ser visitadas, pois em 2008 a região foi reconhecida como um parque arqueológico com intuito de preservar a memória do antiga cidade.

Igatu, Bahia

Conhecida como a “Machu Picchu brasileira”, a cidade de Igatu, na Bahia, tem ruínas que se assemelham a cidade perdida do Peru e fica localizada a quase 500 Km de Salvador.

Durante o século XIX, Igatu foi um próspero povoado devido ao garimpo de diamantes. A vila, que chegou a ter mais de 9 mil pessoas, viu seus moradores irem embora com o declínio dessa exploração mineral.

Segundo o IBGE, Igatu contava com 360 habitantes em 2010. No censo de 2022, porém, o IBGE não contabilizou individualmente a população da região em virtude da localidade ter sido transformada em um distrito e anexada ao município de Andaraí.

Os mais de 220 imóveis, que ainda se encontram em bom estado de conservação, são considerados museus vivos que contam a história daquele lugar. Algumas das residências encontram-se cravadas em rocha pura, outras se escondem na proteção das cavernas e as mais voluptuosas estão encrustadas nos penhascos da região. 

Airão Velho, Amazonas

O primeiro povoado fundado em 1694, às margens do rio Negro, carrega histórias e lendas quem tentam explicar o motivo de ter sido abandonada por seus habitante. A lenda de que a cidade foi atacada por formigas que estavam devorando seus habitantes é uma das teorias do esvaziamento da cidade.

Os tempos de glória de Airão Velho vieram no século 19, após uma linha de navegação a vapor ser instalada pelo industrial Visconde de Mauá, transformando-a em um porto fluvial.

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