Pacientes deformados: dentistas são investigados por atuarem como médicos
Os investigados já tinham os registros profissionais suspensos de forma cautelar, antes da investigação
14:12 | Nov. 23, 2023
Quatro dentistas são investigados por atuarem como médicos de forma ilegal para realização de cirúrgias plásticas. Dois deles são alvos de processos por deformarem o rosto de pacientes. A estimativa é que pelo menos 15 pessoas tenham sido prejudicadas. Os atendimentos aconteciam em Goiânia e Aparecida de Goiânia, no estado de Goiás.
De acordo com a Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), eles realizavam principalmente rinoplastias, liftings faciais e preenchimentos. Todos os procedimentos são proibidos de serem feitos por cirurgiões dentistas pelo Conselho Regional de Odontologia de Goiás (CRO-GO).
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São investigados: Hellen Kacia Matias da Silva, Humberto Lino de Andrade, Ana Clara Franco e Igor Leonardo Soares Nascimento. Eles foram alvo de mandados policiais nesta quinta-feira, 23.
Antes mesmo da ação, no entanto, todos já tinham os registros profissionais suspensos de forma cautelar, de acordo com o g1 Goiás.
Em nota, o CRO-GO disse “que foi oficiado pela Polícia Civil de Goiás e prestou esclarecimentos sobre os limites de atuação dos cirurgiões-dentistas”.
Operações que dentistas não podem realizar
Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), cirurgiões dentistas podem realizar procedimentos estéticos, desde que esses não extrapolem sua área anatômica de atuação: da garganta até o limite superior nasal, entre as sobrancelhas.