Fãs de Taylor Swift sofrem queimaduras de segundo grau em estádio
Nas redes sociais, diversas pessoas relataram ter sofrido queimaduras nas pernas após contato com estrutura de metal do eventoVários fãs que estavam concentrados no estádio Nilton Santos, o Engenhão, no Rio de Janeiro, para assistir ao show de Taylor Swift desse sábado, 18, compartilharam nas redes sociais que haviam saído do local com queimaduras de segundo grau. A apresentação foi adiada pouco antes do início em decorrência do calor na capital fluminense. Uma fã morreu após parada cardiorrespiratória no local na madrugada de sábado.
Segundo os fãs que relataram queimaduras, as placas de metal utilizadas pela organização do evento para forrar parte do chão esquentaram por conta da alta temperatura e acabaram queimando várias pessoas que estavam à espera do início da apresentação.
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No X (antigo Twitter), uma fã publicou a foto de suas pernas enfaixadas, no que parece ser um leito de atendimento de posto médico, com o seguinte texto: "Fui no Estádio Nilton Santos para o show da Taylor Swift e saí com 3 queimaduras de segundo grau".
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Em seguida, escreveu: "As placas de metal que cobriam o chão da pista premium viraram uma chapa quente com os 40°C". De acordo com informações divulgadas por membros do Corpo de Bombeiros Militar do Estado (CBMERJ), a sensação térmica no interior do estádio, durante o show da última sexta-feira, 17, pode ter atingido os 60°C.
A fã conta que suas pernas entraram em contato com a chapa de ferro quando ela tropeçou e caiu, exausta de cansaço, depois de horas na fila. Segundo ela, diversas pessoas estavam no posto médico em busca de atendimento para queimaduras decorrentes de contato com o chão de ferro ou por terem sido empurradas contra as grades.
Outra fã publicou em seus stories, no Instagram, imagens de suas pernas cobertas por bolhas e a seguinte legenda: "Quando abriram a entrada, eu levei um empurrão e caí no chão quente! Ganhei duas queimaduras de segundo grau".
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A fã ainda relata ter tido problemas para receber atendimento adequado no posto médico do local. "Quando entrei lá dentro, mais queimaduras nas pessoas. Gente vomitando, desmaiando. O médico não queria confirmar as queimaduras! Foi na pressão!", reclama.
Os relatos se multiplicam. Outra fã, a estudante cuiabana Anna Lúcia Assad, de 20 anos, contou, em entrevista ao portal G1, que aquela foi "a pior dor que eu senti na vida" e que saiu do estádio com queimaduras de segundo grau espalhadas pelo corpo. Nas fotos que compartilhou com o site, é possível ver diversas bolhas em suas pernas.
"Duas vezes, dentro do estádio, tiveram ondas de arrastão e eu fiquei presa no banheiro com umas 40 pessoas em completo pânico, rezando, chorando e tendo crises de ansiedade à minha volta. Tudo isso com as queimaduras expostas", relatou.
Uma série de problemas
Desde a última sexta-feira, 17, quando ocorreu o primeiro show no Brasil da turnê "The Eras Tour", de Taylor Swift, diversos graves problemas vieram a público. O maior deles foi a morte de Ana Clara Benevides durante a apresentação inicial. Ela tinha 23 anos e não resistiu à sensação térmica de 60°C graus dentro do estádio. No mesmo dia, cerca de outros mil fãs acabaram desmaiando.
Nesta madrugada, outro fã de Swift, o estudante de engenharia aeroespacial Gabriel Mongenot, que assistiria ao show deste domingo, 19, foi morto quando estava com amigos na Praia de Copacabana, após assalto.
Ao longo de todo o fim de semana, fãs têm compartilhado, nas redes sociais, relatos de pessoas passando mal e queixas sobre a má organização do evento. Após o repentino adiamento do show deste sábado, 18, o segundo que a cantora faria no Brasil como parte da turnê, as expectativas para a apresentação de hoje estão movimentando a Internet.