Fundação Demócrito Rocha participa de Comissão de Combate à Violência contra a Mulher
A FDR esteve no Congresso Nacional, onde apresentou um programa de formação e prevenção de violência contra a mulher e um webdocumentário destinado aos homensO plenário 2 do Senado Federal foi palco da contribuição dada pela Fundação Demócrito Rocha (FDR) à Comissão Mista de Combate à Violência contra a Mulher (CMCVM). Convidada pela presidente da comissão, a senadora Augusta Brito (PT-CE), Valéria Xavier, diretora de projetos da FDR, apresentou o Programa de Formação para Prevenção de Violência contra Mulheres e Meninas em audiência pública.
“A prevenção da violência contra mulheres e meninas precisa de uma atenção especial, não só do poder público, mas também da iniciativa privada e da sociedade como um todo. Só unindo forças é que nós vamos conseguir mudar essa realidade e avançar”, afirmou Valéria Xavier.
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A audiência pública foi idealizada pela senadora Augusta Brito, que quer compartilhar as boas experiências que ocorreram nas Unidades da Federação dentro da comissão mista.
“É importante trazer essa pauta para cá para serem replicadas em outros estados. Nós só vamos conseguir enfrentar a violência contra nós, mulheres, fazendo leis e fazendo com que elas funcionem efetivamente”, afirmou.
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Violência contra a mulher: cenário atual
Hoje, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de homicídios contra as mulheres. Só em 2022, foram 1.410 feminicídios. “Na grande maioria das vezes (76% dos casos), o agressor é um conhecido da vítima. Ou é o companheiro, um vizinho ou um ex-companheiro”, apontou Valéria Xavier.
Ela também destacou que os índices de violência contra a mulher são maiores: Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Ceará e Bahia.
“O machismo estrutural é o grande contribuidor disso tudo. Infelizmente, o machismo é uma realidade, e o homem acha que o exercício do poder e da violência contra a mulher vai reafirmar sua posição de homem”, avaliou a diretora da FDR.
Educação e prevenção como caminho
Valéria também apresentou um webdocumentário produzido dentro do projeto chamado "O papel do homem no enfrentamento à violência contra a mulher".
“À medida que os homens são a grande maioria dos agressores, não adianta trabalhar as mulheres sem trabalhar os homens. E mais do que isso: os homens são vítimas da sua própria agressão. Perdem a família, ficam reclusos e perdem sua própria liberdade. A violência não é benéfica para ninguém”, ressaltou Valéria.
A senadora Augusta Brito acredita que prevenir a violência é o melhor caminho. “A prevenção dos feminicídios, principalmente, é algo que precisamos discutir e debater”, concluiu.