Grupo de médicos que defendeu o uso de cloroquina investe no discurso antivacina
Agora, a entidade reproduz estratégias de médicos negacionistas de outros países, além de apoiar e fazer propaganda de empresas "terapias alternativas"A Associação Médicos pela Vida (MPV), que já foi condenada pela Justiça por danos à saúde pública ao fazer propaganda de medicamentos sem comprovação científica contra a Covid-19, está trabalhando em cima da propagação de discursos antivacina, em um período em que o Brasil se encontra com a cobertura vacinal em queda.
Durante a pandemia, o grupo de médicos defendeu o uso de hidroxicloroquina e ivermectina, medicamentos sem comprovação científica que não servem para o tratamento da Covid-19. Agora, a entidade reproduz estratégias de médicos negacionistas de outros países, além de apoiar e fazer propaganda de empresas “terapias alternativas”.
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Estes "tratamentos" sugerem a utilização de produtos feitos por estas empresas a quem não quer se vacinar ou a quem desejar passar por um “detox vacinal”. A MPV surgiu em 2020, ainda no início da pandemia, com a proposta de defender o uso de hidroxicloroquina e ivermectina no tratamento de pacientes diagnosticados com o então novo coronavírus.
No ano de 2021, a entidade publicou um informe publicitário defendendo o “kit covid”, o conjunto de medicamentos que não possuem eficácia alguma contra o vírus. Ainda em 2021, em meio à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da pandemia feita no Senado, descobriu-se que o anúncio recebeu R$ 700 mil em patrocínio da Vitamedic, um dos laboratórios que produzem ivermectina no Brasil.
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