Septicemia aguda: entenda quadro que internou o ator Stênio Garcia

Doença pode se apresentar em três níveis, causando desde febre até a falência de órgãos

A septicemia, doença que levou o ator Stênio Garcia, 91, a ser internado no último sábado, 1°, no Rio de Janeiro, é uma infecção exagerada do corpo, em resposta a uma infecção causada por fungos, vírus ou bactérias. A doença é considerada complexa e potencialmente grave, sendo, de acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse (Ilas), responsável por um terço das ocupações em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) no Brasil.

A enfermidade pode ser classificada em três níveis, que podem resultar desde uma febre persistente até a falência de órgãos. A doença se instala mais comumente em idosos e crianças pequenas, devido à fragilidade dos sistemas imunológicos desse público.

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No entanto, também há casos em pacientes hospitalizados, portadores de doenças crônicas e usuários de álcool e drogas. Na maioria dos registros, os principais órgãos atingidos são os pulmões, o abdômen, os rins e a bexiga.

Tudo começa a partir da entrada de um micro-organismo indesejado na corrente sanguínea, onde ele começa a liberar toxinas. A depender da quantidade de toxinas liberadas e das áreas atingidas, o quadro da doença pode atingir um nível mais grave, chamado de sepse aguda, e em último caso, um choque séptico.

Sepse, sepse aguda e choque séptico

Em seu quadro mais leve, a inflamação pode resultar em febre alta, queda da pressão arterial, diminuição da quantidade de urina, além de desmaio ou confusão mental.

Caso não seja tratada assim que os sintomas aparecerem, a septicemia pode evoluir para um quadro mais grave, chamado de sepse aguda, que pode levar à falência de um ou mais órgãos.

Caso a inflamação continue a avançar, a doença pode atingir o seu quadro mais crítico, conhecido como choque séptico, onde os sintomas já apresentados são acentuados e somados a um ritmo frenético de respiração, na tentativa de levar o máximo possível de oxigênio aos órgãos. Nesse momento, o paciente pode ter uma queda drástica na pressão arterial, a ponto de não responder mais à administração de líquidos por via intravenosa.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico é feito a partir de exames de sangue, urina e, caso necessário, a cultura das secreções respiratórias e das lesões cutâneas pré-existentes. Em alguns casos, exames de imagem também são um recurso para identificar e tratar a origem da infecção.

O tratamento deve ser iniciado logo após o diagnóstico e por muitas vezes, é realizado em UTIs. Para combater os micro-organismos, são aplicados inicialmente antibióticos de largo espectro (que funcionam contra várias bactérias) diretamente na circulação sanguínea.

Caso o paciente continue com a pressão baixa após o início do tratamento, medicamentos vasopressores, que ajudam a equilibrar a pressão arterial, podem ser aplicados.

Por fim, ainda há casos em que o paciente será submetido a hemodiálise, devido a uma permanência do quadro de insuficiência renal, ou a ventilação mecânica, para aqueles que ainda tenham dificuldade em respirar.

De acordo com o Ilas, o tratamento varia a depender da resposta do paciente. Na maioria das infecções graves pode durar entre sete e dez dias. Ele pode ser prolongado em casos de pessoas com resposta clínica lenta, focos não drenados e deficiência imunológica, ou encurtado em internos com resposta rápida à medicação.

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