Itamaraty confirma entrega de fóssil do dinossauro Ubirajara jubatus ao Brasil; entidades analisam
Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, confirmou que o fóssil chegará ao Brasil no dia 4 de junho. Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens aguarda definições
16:04 | Jun. 01, 2023
O fóssil do dinossauro brasileiro Ubirajara jubatus voltará ao seu território de origem neste domingo, 4 de junho. Ele será trazido por um dos principais nomes do governo alemão, a ministra das Relações Exteriores, Annalena Baerbock. A confirmação foi dada ao O POVO pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) na noite desta quinta-feira, 1°.
Segundo o órgão pontuou, a oportunidade surgiu pois uma comitiva alemã está vindo ao País neste fim de semana para uma outra missão diplomática, e, na ocasião, aproveitariam a visita para levá-lo junto.
Agora, o MRE organiza as agendas para a realização de uma possível cerimônia de entrega do Ubirajara jubatus às autoridades nacionais. Um conflito no calendário do embaixador Mauro Vieira não permite que a mesma aconteça até segunda-feira, 5 de junho.
Allysson Pinheiro, diretor do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens (MPPCN), disse que também não há uma data definida para a chegada do fóssil em Santana do Cariri, local onde ele ficará instalado.
Traficado para a Alemanha há quase 30 anos, o fóssil do dinossauro que viveu em Santana do Cariri há cerca de 110 milhões de anos, segundo estudos paleontológicos, já estava programado para chegar em junho ao Brasil.
A decisão havia sido anunciada no dia 16 de maio deste ano após acertos entre o governo brasileiro, via Itamaraty e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além da Universidade do Cariri e da embaixada alemã.
A repatriação do Ubirajara jubatus, incorporado ilegalmente ao acervo do Museu Estadual de História Natural Karlsruhe, foi autorizada pelo governo alemão em julho de 2022. O MPPCN, localizado no Cariri, foi o indicado pelo MCTI para abrigar o fóssil cearense.
*Matéria atualizada às 22h10min*
*Com informações da repórter do OP+ Catalina Leite*