Pinscher morre ao tentar proteger crianças de ataque de rottweiler
Segundo o dono do pinscher, o rottweiler pertence ao vizinho, mas o animal estava sempre solto e costumava andar pelo local.
14:06 | Mai. 27, 2023
Um cachorro da raça pinscher morreu ao tentar salvar quatro crianças do ataque de um rottweiler. O caso aconteceu em um sítio da cidade de Linhares, no Espírito Santo, na tarde desta quinta-feira, 25. De acordo com relatos dos familiares das crianças, o cachorro já havia apresentado comportamento agressivo com outras pessoas da propriedade e estava chegando perto quando o pinscher se aproximou para defender as crianças.
O dono do pinscher, chamado Bili, é Aderaldo Bergamo. Ele relatou que o rottweiler pertence ao responsável por uma propriedade localizada nas proximidades do sítio, mas que o cachorro estava sempre solto e andava pelo local com frequência.
“Ele é do vizinho. As propriedades são grandes e as crianças acabam brincando espalhadas. O cachorro do vizinho anda pra tudo quanto é lado, tá sempre solto. Ele já mordeu umas 4, 5 pessoas. E dessa vez as crianças estavam brincando no meu quintal quando o rottweiler chegou muito nervoso”, relatou ao portal G1.
Aderaldo conta ainda que o pinscher estava sempre próximo das crianças, o que fez com que ele agisse de prontidão ao ver que o rottweiler se aproximava.“O Bili tava junto com as crianças brincando. Mas quando o Bili viu o cachorro se aproximando das crianças, ele atacou o cachorro com a coragem que não tem fim”, disse.
“No tempo em que o Bili estava sendo atacado pelo outro cachorro, os pais das crianças saíram para poder socorrer os meninos. Ele [o Bili] deu a vida dele para poder salvar as crianças, ele foi um grande herói. É uma história muito triste mesmo. Eu já avisei tantas vezes pro vizinho tomar cuidado com aquele cachorro”, completa Ademar.
Pinscher morre ao proteger crianças de rottweiler: cachorro não sobreviveu
O cachorrinho chegou a ser levado para o veterinário, mas apresentou uma parada cardiorrespiratória em decorrência dos ferimentos e veio a óbito. Bili estava na família de Aderaldo por um ano. “O Bili acabou morrendo. Não teve dinheiro, não teve nada que a gente pudesse fazer porque os ferimentos foram muito graves”.
De acordo com Aderaldo, o mais difícil foi contar para a filha de quatro anos que o cachorrinho não está mais por lá, já que ela sente a falta do pinscher em casa. “A mãe dela levou ela pra dar um passeio e já estamos tentando arrumar outro cachorro e dar o mesmo nome pra ele”, comentou.
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