Caso Henry Borel: relembre o que aconteceu com menino de 4 anos morto no RJ

O caso da morte do garoto Henry Borel completou dois anos em março de 2023 e será exibido no programa "Linha Direta" da TV Globo. Relembre o que aconteceu

14:02 | Mai. 18, 2023

Por: Beatriz Teixeira
Ex-vereador Dr. Jairinho e Monique Medeiros, mãe de Henry Borel. Caso será exibido no programa Linha Direta (foto: Reprodução/Twitter)

O programa Linha Direta, da TV Globo, exibe nesta quinta-feira, 18, o caso da morte de Henry Borel. Anteriormente, uma determinação judicial tinha barrado a exibição do programa. O pedido veio por parte da defesa do réu Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho.

A emissora recorreu na justiça e o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a exibição do programa, alegando uma possível tentativa de censura por parte da defesa de Jairinho.

O caso completou recentemente dois anos. Os réus Monique Medeiros, mãe da criança, e Dr. Jairinho, namorado da mãe e padrasto do menino, aguardam ir a júri popular. Relembre o caso.

Caso Henry Borel: relembre o que aconteceu

Henry Borel Medeiros, de 4 anos, morreu na madrugada do dia 8 de março de 2021, no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, a criança foi assassinada no apartamento em que morava com a mãe, Monique Medeiros, e o padrasto, o médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho.

O menino tinha passado o fim de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel, e voltou para casa na noite do domingo. Segundo o depoimento inicial de Monique, o menino chegou a vomitar ao chegar em casa, mas ela não estranhou por isso acontecer quando ele chorava muito.

Ainda de acordo com esse depoimento, a criança foi levada ao Hospital Barra D’Or após ser encontrada deitada no chão com os pés e mãos gelados. As médicas responsáveis pelo o atendimento de Henry afirmam que ele já chegou morto no local.

Caso Henry Borel: investigação de assassinato

Na perícia, foi constatado que o menino tinha hematomas pelo corpo, ferimentos internos e hemorragia. Logo, o caso passou a ser investigado como assassinato por agressão e não morte por acidente.

Em uma entrevista à revista Veja, Leniel afirmou que Jairinho estava envolvido na morte do filho e que queria prestar depoimento. Ele revelou que, antes da morte, o filho reclamava que o ex-vereador o machucava e não queria voltar para casa depois de ficar com o pai.

Durante as investigações, conversas que tinham sido apagadas anteriormente do celular de Monique, foram recuperadas e revelaram que a babá da criança, Tayná Ferreira, já havia relatado a mãe do menino que o padrasto o agredia.

Ainda durante as investigações, a Polícia Civil descobriu mais dois casos de agressão contra crianças por parte de Jairinho. Segundo depoimentos de duas ex-namoradas do réu, ele também agrediu seus filhos.

Caso Henry Borel: réus aguardam júri popular

Jairinho e Monique foram denunciados em maio de 2021 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de tortura, coação de testemunhas e homicídio triplamente qualificado. Chegaram a ser presos preventivamente.

A primeira audiência do caso aconteceu em outubro de 2021. Na ocasião, dez testemunhas foram ouvidas. Em dezembro do mesmo ano, aconteceram a segunda e a terceira audiências.

Atualmente, eles aguardam para ir a júri popular. Monique espera o julgamento em liberdade, mas Jairinho continua preso.