Cenipa divulga laudo sobre o acidente de avião que matou Marília Mendonça

De acordo com o laudo divulgado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, a aeronave colidiu com um cabo para-raios de uma lina de transmissão de energia

Nesta segunda-feira, 15, foi divulgado o relatório final da investigação das causas do acidente com o avião que vitimou a cantora Marília Mendonça, em 5 de novembro de 2021, na cidade de Piedade de Caratinga, em Minas Gerais. O documento foi divulgado no site do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira.

Segundo o relatório, “a aeronave colidiu contra um cabo para-raios de uma linha de transmissão de energia na aproximação final para a cabeceira 02 do aeródromo de Caratinga (SNCT), Ubaporanga, MG, acarretando a perda de controle e o impacto da aeronave contra o solo”.

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A comissão responsável pelas investigações contou com uma equipe de 30 militares e civis do Cenipa, como especialistas em Fator Operacional (pilotos e mecânicos), Fator Humano (médicos e psicólogos), Fator Material (engenheiros) e Assessores Técnicos Consultivos compostos pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo e Agência Nacional de Aviação Civil.

O Cenipa destaca que as investigações não tem o objetivo de culpar ou responsabilizar alguém, ou tampouco comprovar quais são as prováveis causas de um acidente, mas sim, apontar quais fatores podem ter contribuído com o acidente, para assim resolver quaisquer questões técnicas que tenham ligação com a ocorrência.

Com isso, os relatórios finais elaborados pelo órgão sugerem a execução de medidas por meio de Recomendações de Segurança, buscando o aprimoramento da segurança de voo. Ainda de acordo com o laudo, não existiu falha humana ou mecânica, e que as decisões do piloto não representaram erros.

Antes da exposição do laudo aos advogados das famílias das vítimas, os oficiais da Aeronáutica recomendaram à Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que a sinalização das redes de alta tensão seja reforçada, em especial as que estão próximas ao espaço aéreo. Ainda em 2021, a filha de Geraldo Martins de Medeiros Júnior, um dos pilotos que faleceu no acidente, disse que entraria com um processo contra a empresa de energia.

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