SP: Homem espancado por conta de fake news tem morte encefálica

A vítima, de 49 anos, foi brutalmente espancada após ser equivocadamente acusado de roubar uma motocicleta. O proprietário confirmou o empréstimo do veículo

20:44 | Mai. 07, 2023

Por: Camila Garcia
Osil Vicente Guedes, de 49 anos, teve morte encefálica confirmada após ser espancado (foto: Reprodução / Redes Sociais)

No litoral de São Paulo, um homem, Osil Vicente Guedes, foi violentado até ficar inconsciente após ser suspeito de ter roubado uma motocicleta. O hospital para onde a vítima foi levada, no município de Guarujá, confirmou, neste domingo, 7, a morte encefálica; o diagnóstico é dado quando não pode mais ser detectada atividade cerebral.

O espancamento ocorreu no distrito Vicente de Carvalho, na última quarta-feira, 3. De acordo com a Polícia Militar, a vítima de 49 anos foi agredida com pedras e um pedaço de madeira até ser encontrado pelos agentes com ferimentos graves na cabeça. As informações são do portal g1 São Paulo.

Em Guarujá, homem vítima de fake news morre após espancamento

Encaminhado ao Hospital Santo Amaro (HSA), no Guarujá, o homem foi internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde a morte cerebral foi determinada.

Testemunhas no local afirmaram aos agentes de segurança que tudo começou após gritos de "pega ladrão", direcionados à vitima, que foi abordado por homens no entorno.

O caso de violência foi registrado em vídeo e divulgado nas redes sociais. Um motorista que estava estacionado próximo ao local onde Osil foi agredido gravou o momento, comentando: "Não está bom para ladrão de moto, não. Ladrão de moto está se lascando".

Vítima de fake news tem morte cerebral em São Paulo

O dono da motocicleta confirmou que o veículo havia sido emprestado à vítima. De acordo com ele, Osil era seu conhecido e foi vítima de "fake news", as notícias falsas, pois havia pegado emprestada a motocicleta no mesmo dia que foi agredido. Segundo ele, o homem era "trabalhador, e não se metia em confusão".

A Polícia Civil investiga o caso, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP). O caso foi inicialmente registrado no 2º Departamento de Polícia de Guarujá como "lesão corporal".