SP: falso entregador que matou estudante na frente da namorada é condenado a 36 anos

O falso entregador Acxel Gabriel de Holanda Peres, 24, que matou um estudante na frente da namorada na zona sul de São Paulo em abril de 2022 foi condenado nesta quarta-feira, 19, pela Justiça de São Paulo a 36 anos e 4 meses de prisão em regime fechado. A defesa de Acxel acredita que a pena é "exorbitante" e pretende recorrer.

A decisão, de acordo com o UOL, foi tomada pela juíza Fabíola Oliveira Silva, da 16ª Vara Criminal. O falso entregador foi condenado, segundo o R7, por latrocínio contra o estudante que foi morto (20 anos), tentativa de latrocínio contra a namorada do jovem e posse ilegal de arma (13 anos) de fogo (3 anos).

A advogada de Acxel, Maria Ligia Jablonca Januzzi, disse, também ao R7, que considera a pena "exorbitante" e critica os 13 anos adicionais em relação à namorada do jovem. Para ela, Acxel não praticou tentativa de latrocínio contra a jovem.

"Não houve nada disso. Ele pegou o telefone dela depois de ver que ele estava agonizando para ela não chamar a polícia. E depois ele se apresentou expontaneamente", diz a advogada.

O pai da vítima, Regis Loureiro, comemorou a decisão nas redes sociais. “Graças a Deus saiu a sentença desse covarde que tirou a vida do meu filho! 36 anos e 4 meses (acho é pouco). O sentimento é de felicidade por ter feito à justiça mas também de tristeza por não poder trazer meu filho de volta. Ver um filho partir é conhecer a maior de todas as dores e tempo algum será capaz de curar. Descanse em paz meu filho.”

Falso entregador mata estudante: relembre o caso

 

Em abril do ano passado, o assaltante tentou roubar Renan Silva Loureiro, 20, e sua namorada, se passando por um entregador. A ação foi registrada por uma câmera de segurança e gerou grande repercussão nas redes sociais.

De acordo com Josmar Jozino, colunista do UOL, a vítima teria chegado a se ajoelhar, dizendo que não tinha nada. O falso entregador, então, teria dado um tiro para o alto e, depois disso, o estudante teria reagido. Ele levou três tiros e não resistiu.

Ainda segundo o colunista, Acxel teria alegado que estava endividado e não tinha como quitar uma dívida. Ele estaria passando por dificuldades financeiras, a mulher estava grávida e o credor cobrava juros.