Motorista de aplicativo viraliza ao "abrir" loja de cosméticos no carro para complementar renda
Loja de cosméticos dentro de carro de motorista de aplicativo pode trazer riscos a segurança de passageiros
Pensar em uma loja de cosméticos dentro de um carro pode parecer um pouco inusitado, no entanto, o brasileiro Mattheus Alencar, de 27 anos, se valeu dessa ideia para conseguir aumentar os rendimentos de casa. O jovem que trabalha como motorista de aplicativo já realiza vendas em seu carro há cinco meses.
O motorista de Goiânia vende produtos de maquiagens, perfumes, balas e doces. Ele afirma ter uma clientela composta em sua maioria de mulheres que podem sair apressadas e acabar esquecendo algum item de cosmético, como batom ou mesmo de passar perfume.
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Em entrevista ao O POVO, Mattheus contou que a ideia veio depois que um amigo o incentivou a pensar sobre os lucros que a venda de cosméticos poderia gerar. “E foi aí que tudo começou. Eu comecei com dez produtos. No meu primeiro dia de venda eu consegui fazer em média R$ 85 de venda, então eu vi que aquele negócio poderia ser escalável”, disse Mattheus.
O motorista de aplicativo comenta que as vendas começaram a decolar depois que uma blogueira local postou sobre a lojinha nas redes sociais, fato que aumentou os compartilhamentos de outros clientes que também gostaram da ideia. Devido à repercussão, Mattheus então decidiu investir na divulgação nas redes sociais.
O perfil de Mattheus no TikTok, que começou intimista, já acumula mais de 1,6 milhões de curtidas. No Instagram ele já soma mais de 55 mil seguidores. Diversos vídeos mostrando a lojinha e os produtos viralizaram nas plataformas.
Veja vídeo do motorista de aplicativo que criou loja dentro do carro:
@mattheusalencaroficial Estou Uber em Goiânia e montei minha própria loja meio que dentro do carro.
Mattheus modificou o carro para atender melhor a clientela, removendo o banco da frente do veículo. O jovem assegura que as prateleiras estão bem firmes e que os produtos não correm risco de cair.
“Mesmo se eu passar em um quebra-mola ou em um local bem esburacado é tranquilo. tá? Os produtos não caem e assim. Os passageiros durante a viagem, vão escolhendo os produtos, eu faço a venda no final, quando eu paro o carro. Então, é bem tranquilo, os passageiros vão com cinto de segurança”, pontuou Alencar.
Apesar dos elogios e incentivos que o motorista vem recebendo na internet, a prática de venda de produtos no veículo é desencorajada e gera penalidade, de acordo com a lei de trânsito brasileira.
O transporte de objetos soltos dentro do carro é proibido pela Resolução 349 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). O descumprimento da lei gera multa de R$ 195,23 e 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Mattheus, em contrapartida, defende que os aplicativos de transporte permitem a venda e que enxerga a situação de outra maneira. “Um trabalhador tem que lutar e correr atrás para trazer o sustento pra casa”, finalizou o motorista.
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