MEC vai lançar programa para alfabetização infantil inspirado no Paic, política do Ceará
Lançamento foi divulgado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e deve ocorrer quando o presidente Lula (PT) retornar de sua viagem a ChinaO Ministério da Educação (MEC) vai lançar o "Pacto pela Alfabetização na Idade Certa" no Brasil, programa inspirado em política pública educacional do Governo do Ceará. Anúncio foi dado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, em entrevista concedia à Rádio O POVO CBN, nesta segunda-feira, 10.
Camilo informou que a pasta vai conduzir, junto a governos estaduais e secretarias, uma série de projetos importantes para "melhorar a educação brasileira".
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Entre eles está uma iniciativa voltada para a alfabetização infantil, que será lançada logo após o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) cumprir agenda na China, país para onde vai nesta terça-feira, 11.
Conforme o ministro, o "Pacto pela Alfabetização na Idade Certa" é inspirado no êxito do "Programa Alfabetização na Idade Certa (Paic)", política pública de educação do Governo do Ceará instituída em 2007. Entre outras ações, o Paic concede apoio à gestão escolar e formação continuada dos professores.
"O modelo do Ceará (...) Mostrou que um estado ainda com muitos desafios consegue ter hoje uma das melhores educações públicas do Brasil", destacou Camilo.
"Estou conversando com governadores, com secretarias, e a ideia é que a gente possa avançar, com a grande presença do presidente e de todos os governadores do Brasil. Para que a gente possa estancar essa sangria das nossas crianças não estarem alfabetizadas e isso comprometer todo o ciclo educacional do nosso País", disse, sem dar detalhes do programa.
Outras políticas de educação
Ainda durante a entrevista, o ministro informou que não vai fazer parte da comitiva presidencial que vai para a China nessa terça, 11, porque pretende ficar no Brasil dando continuidade às pautas de Educação.
Camilo informou que, além do Pacto pela Alfabetização na Idade Certa, o MEC deve investir uma política de ampliação da escola de tempo integral e um de conectividade, que buscará ofertar a todas as escolas públicas do Brasil conexão com "objetivos pedagógicos". Ideia é disponibilizar para as instituições internet com banda larga, equipamentos de informática, dentre outras coisas.
"A experiência do Ceará (mostra que) quando a gente garante que essas crianças se alfabetizem na idade certa, o histórico escolar dela é muito melhor que o histórico escolar de uma pessoa que repete o ano, que não se alfabetiza, que abandona a escola. Apenas 64% hoje das crianças que entram no ensino fundamental terminam o ensino médio, nós estamos perdendo nossa juventude (...) Esses programas constroem uma politica geral, são ações de permanência (dos alunos na escola)", disse o gestor.
Camilo também afirmou que a pasta cogita a implementação de duas versões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 2024. O objetivo é reduzir os impactos que as discussões sobre o Novo Ensino Médio traria. O calendário de implementação foi suspenso por 60 dias.
"O objetivo do novo ensino médio é muito positivo, o problema foi como ele foi discutido, como ele foi implantado", disparou o ministro, citando a importância de consultar alunos, professores, governadores e fazer um amplo debate sobre o tema, para então ser possível a implementar proposta.