Ativação de arquétipos: saiba o que é e como acontece

Tendência nas redes sociais, os arquétipos são estudados pela psicologia junguiana e fazem parte do inconsciente coletivo

Cleópatra, Afrodite, Zeus, mago, rebelde e sereia. Estes são alguns exemplos de arquétipos, que são formas de intuição, percepção e apreensão transmitidas entre gerações que existem no inconsciente coletivo estudadas pelo psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung, precursor da psicologia analítica.

Recentemente, o conceito tem ganhado destaque nas redes sociais pela tendência de ativação de arquétipos, um conjunto de técnicas que seriam usadas para incorporar os elementos dessas figuras à vida cotidiana. Entre essas recomendações estão: usar afirmações, observar imagens e estudar essas figuras.

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Apesar de internautas afirmarem ter sucesso com o processo, as técnicas para ativação de arquétipos não são comprovadas cientificamente e contradizem os estudos de Jung. O psicólogo clínico de orientação junguiana, José Clerton Martins, explica que as imagens arquetípicas, muito mais nos possuem do que as possuímos. "Digamos que elas estão em nós, pois integram nossa porção humana”, disse.

Com isso, ele acredita que colocar uma imagem no seu celular de algo referente à natureza arquetípica não vai fazer com que esse arquétipo se revele na vida dessa pessoa. É possível, sim, que os arquétipos se manifestem quando impulsionados por experiências, mas isto não acontece de forma consciente.

“Os arquétipos são dinâmicos, sua manifestação se dá no processo de individuação à medida que a pessoa vai acessando 'formas' de ‘ser/estar’ no mundo orientado por seus indicadores pessoais,” explica o psicólogo.

Da mesma forma, Clerton avalia que arquétipos são, sem dúvida, componentes de um tipo de conhecimento profundo. “Os instintos forçam o homem a adotar certos comportamentos tipicamente humanos, os arquétipos forçam a intuição e a percepção a adotarem padrões inerentes”, coloca.

Ele também ressalta que esses personagens universais possuem características percebidas de maneira semelhante por grande contingente humano. Não há um número definido de arquétipos. Segundo Clerton, eles existem para todas as pessoas, lugares, objetos e situações capazes de convocar formas e forças emocionais dentro de um contexto ou período histórico.

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