Menino de 4 anos morto no ataque à creche em Blumenau tinha sido adotado há mais de um ano
Nas redes sociais, a família postava registros de momentos especiais com o filho Enzo Marchesin Barbosa, que nasceu, para Samira Barbosa e Carina Marchesin, em dezembro de 2021
19:19 | Abr. 06, 2023
Antes de ser uma das quatro vítimas do massacre ocorrido nessa quarta-feira, 5, na Creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), o pequeno dançarino Enzo Marchesin Barbosa, de 4 anos, tinha sido adotado, há mais de um ano, pelas mães Samira Barbosa e Carina Marchesin.
Para ambas, Enzo nasceu em dezembro de 2021, mês e ano em que foi adotado por elas.
Quando completou um ano da chegada dele na família, a enfermeira Samira publicava uma série de fotos em comemoração ao sonho realizado de ser mãe ao lado da companheira.
"Um ano de muitas risadas, preocupações quando ficava doente, um ano de muitos beijos e abraços, um ano de muita bagunça, um ano de 'você está feliz, mãe?'. Um ano que nossa vida mudou completamente, nosso coração fora do peito, nosso menino", lembra a mãe, ao portal Extra.
Em uma das publicações do perfil de Samira, ela ressalta o quanto o filho foi importante para o tratamento do câncer. Em uma das difíceis sessões de quimioterapia, marcada por "tontura, fraqueza, náusea e muita dor", Enzo apareceu sorrindo e pedindo para que os dois tirassem "fotos bonitas".
Mensagens de apoio
Na última publicação realizada por Carina, quase 600 pessoas já comentaram, até o início da tarde desta quinta-feira, mensagens de carinho e solidariedade à família.
Em uma das mensagens, uma mulher escreveu: "Não consigo parar de pensar em vocês, mães desses anjos. Minhas orações estão com vocês, a dor de vocês merece conforto e justiça. Que assim seja! Força e luz pra seguir."
Outra comentou: "Como mãe e mãe por adoção eu sinto muito, muito mesmo, pela perda de vocês. Estamos chorando com vocês, sinto muitíssimo. Que Deus console vocês."
NOTA DA REDAÇÃO
O POVO opta por não publicar foto, vídeo, nome ou qualquer detalhe sobre o autor do ataque a escola em Blumenau, em Santa Catarina. A decisão atende a recomendações de estudiosos em comunicação e violência.
Entendemos que a divulgação dessas informações pode vir a estimular novos agressores, que usem a divulgação da imprensa profissional como forma de promoção de atos de violência.
O POVO pretende manter a postura em casos subsequentes, podendo reavaliar se novos estudos indicarem rumos que tragam maior segurança à sociedade.
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