Professora trancou bebês no banheiro para salvá-los de ataque a creche em Blumenau
Ataque deixou quatro crianças mortas e cinco feridas. As vítimas tinham entre 3 e 5 anos de idadeUma das professoras da creche particular Bom Pastor, no bairro Velha, em Blumenau (SC), relatou que trancou as crianças em um dos banheiros do local para salvá-las do ataque que ocorreu na manhã desta quarta-feira, 5.
Ao g1 Santa Catarina, a professora Simone Aparecida Camargo relatou que, inicialmente, os funcionários achavam que se tratava de um assalto e que o suspeito portava mais de uma arma.
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“Minha parceira de sala chegou correndo dizendo: 'Fecha a porta, fecha a janela, porque um cara assaltou o posto'. Pensamos que era um assalto porque ele invadiu a escola, só que fechei os bebês no banheiro. Depois, vieram na porta dizendo que ele veio matando, ele foi no parque para matar. No parquinho, a turma do pré estava toda fazendo uma roda de conversa. Ele tinha mais que uma arma”, contou.
De acordo com informações da Rádio Gaúcha, o suspeito, de 25 anos, teria pulado o muro da creche com uma machadinha e atacado as crianças, que estavam no pátio. O homem se entregou em um quartel da Polícia Militar a cerca de 2 km da escola
O ataque resultou na morte de quatro crianças; cinco alunos ficaram feridos, um deles está em estado grave. As vítimas tinham entre 3 e 5 anos de idade.
Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou o atentado e considerou o crime como uma “monstruosidade”.
“Meus sentimentos e preces para as famílias das vítimas e comunidade de Blumenau diante da monstruosidade ocorrida na creche Bom Pastor”, escreveu.
NOTA DA REDAÇÃO
O POVO opta por não publicar foto, vídeo, nome ou qualquer detalhe sobre o autor do ataque a escola em Blumenau, em Santa Catarina. A decisão atende a recomendações de estudiosos em comunicação e violência.
Entendemos que a divulgação dessas informações pode vir a estimular novos agressores, que usem a divulgação da imprensa profissional como forma de promoção de atos de violência.
O POVO pretende manter a postura em casos subsequentes, podendo reavaliar se novos estudos indicarem rumos que tragam maior segurança à sociedade.
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