Pai de vítima de caso em creche de Blumenau lembra de filho imitando coelho antes do ataque
Criminoso invadiu unidade de ensino particular com uma machadinha, matou crianças e depois se entregou à polícia. Quatro crianças morreram e outras cinco ficaram feridas
16:47 | Abr. 05, 2023
Bruno Bride, pai de Bernardo Cunha Machado, 5 anos, uma das quatro crianças mortas no ataque à creche Cantinho Bom Pastor, unidade de ensino particular em Blumenau (SC), compartilhou, ao portal G1, a última lembrança que teve com o filho na manhã desta quarta-feira, 5.
"Hoje chegou pela creche imitando um coelhinho e eu e um amiguinho dele viemos pulando de coelhinho. Vou fazer valer a pena todos os momentos", contou o pai.
"Peço a Deus que conforte o meu coração. Vou honrar a vida do meu filho todos os dias e que Deus conforte o coração de todas as famílias", completou.
Segundo a Polícia Militar (PM) de Blumenau, o criminoso, de 25 anos, pulou o muro da creche e iniciou o ataque contra as crianças utilizando uma machadinha. Quatro crianças de 4 a 7 anos foram mortas e outras quatro ficaram feridas após serem atingidas na região da cabeça.
Após a ação, ele se entregou no 10° Batalhão da PM.
Delegado averigua se há mais suspeitos
O delegado Ulisses Gabriel, da Polícia Civil de SC, afirmou, em comunicado nas redes sociais, que a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC) foi acionada, assim como outros órgãos de segurança pública, para averiguar se “há mais algum participante”.
"O pessoal da Deic está se deslocando para lá. A Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, que tem expertise na extração de dados de telefone e computadores. A gente quer identificar se tem mais algum participante. Se mais alguém participou. Como ele tramou esse plano. Onde ele obteve informações", disse.
NOTA DA REDAÇÃO
O POVO opta por não publicar foto, vídeo, nome ou qualquer detalhe sobre o autor do ataque a escola em Blumenau, em Santa Catarina. A decisão atende a recomendações de estudiosos em comunicação e violência.
Entendemos que a divulgação dessas informações pode vir a estimular novos agressores, que usem a divulgação da imprensa profissional como forma de promoção de atos violentos.
O POVO pretende manter a postura em casos subsequentes, podendo reavaliar se novos estudos indicarem rumos que tragam maior segurança à sociedade.
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