“O assassinato de Marielle é um problema não apenas do Rio de Janeiro, é um problema para o mundo e a gente moveu todas as instâncias, tanto no sistema interamericano quanto nas Nações Unidas. Os países estão acompanhando, os governos dos países estão acompanhando, e as sociedades do mundo estão acompanhando”, aponta a diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck.
Cerca de 100 organizações não governamentais denunciaram o crime no Conselho de Direitos Humanos da ONU. Jan Jarab, representante regional de Direitos Humanos (ACNUDH/ONU), afirma que a organização segue acompanhando as investigações e que a violência é parte de um contexto político que caracteriza o Brasil dos últimos anos: “São as vereadoras, deputadas estaduais, até federais, negras ou da comunidade LGBT e da diversidade sexual que são ainda mais ameaçadas, até da violência física, de assassinato.”
Mulher, negra, mãe, cria da favela da Maré que se transformou em liderança política. Marielle foi assassinada, mas deixou sementes que desabrocharam. Hoje, diversas herdeiras políticas levam a voz de Marielle à frente. Para a deputada Renata Souza, o principal recado deixado por Marielle é para que a humanidade não se desumanize: “Marielle é presente em todas as lutas contra as desigualdades sociais, em especial contra as desigualdades de gênero, raça e classe.”
Ficha técnica:
Reportagem: Eliane Benício, Maurício de Almeida e Priscila Thereso
Roteiro e edição de texto: Luciana Góes
Edição e finalização de imagem: Eric Gusmão
Produção: Luciana Góes e Priscila Thereso
Apoio produção: Luiz Filipe Lima e Yuri Griem (estagiários)
Reportagem cinematográfica: Eduardo Guimarães, Eusébio Gomes, Gabriel Penchel, João Victal, Rodolpho Rodrigues e Ronaldo Parra
Auxílio técnico: Adaroan Barros, Felipe Messina e Yuri Freire
Operador de áudio: Ed Guimarães
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.