Professor de SC volta a falar que admira Hitler em sala de aula
Homem já havia sido afastado do posto em novembro de 2022 por realizar declarações em apoio ao nazismo e ao austríaco Adolf HitlerNa rede pública de ensino do estado de Santa Catarina, um professor declarou apoio e "admiração" ao líder nazista Adolf Hitler em sala de aula. O vídeo, gravado por alunos, mostra o homem fazendo afirmações que podem ser consideradas como apologia ao nazismo.
Em novembro do ano passado, logo após o segundo turno das eleições presidenciais, o professor já havia sido afastado da função por dois meses após ser denunciado por dar declarações de apologia à ideologia preconceituosa e eugênica. As informações são do g1 Santa Catarina.
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As imagens registradas pelos alunos e divulgadas nas redes sociais serão anexadas ao inquérito já existente sobre o homem, de acordo com a Polícia de Santa Catarina.
Gravado durante a aula, o professor responde a uma pergunta de um aluno, que o questiona sobre apoiar ou não o que Hitler fez durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). À época, a Alemanha nazista foi responsável pelo genocídio de mais de seis milhões de judeus, além do extermínio de outras minorias étnicas e sociais.
Como resposta ao aluno, o professor afirma: "Sim, claro". Após perguntar se alguém está filmando o momento, o homem continua, dizendo que tem uma "admiração por Hitler".
Na primeira vez que deu declarações assim, ele disse que "Hitler foi melhor que Jesus".
SC: Professor faz apologia ao nazismo em sala de aula pela 2ª vez e é gravado por alunos
O delegado que chefia o caso informou que o inquérito sobre a conduta do professor está em fase de conclusão. A Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina (SED) informou que tomou todas as atitudes cabíveis assim que teve conhecimento do caso.
No Brasil, apologia ao nazismo é crime previsto em lei. A promoção de doutrinas que pregam o preconceito, a exclusão e o racismo tem pena de reclusão e é um crime inafiançável e imprescritível, ou seja, não "envelhece". Não somente praticar, mas também induzir e incitar outros a fazer o mesmo, também configura crime.
O nazismo, como doutrina racista e eugênica, que defende a superioridade da raça "ariana", ou branca e pura, sobre todas as outras, e a perpetração de violências contra pessoas de outras raças e etnias, só foi incluído explicitamente na Constituição Federal em 1994 e 1997.