Pernambuco vai investir R$ 2 milhões para pesquisar incidentes com tubarões na costa
Do total de investimentos previstos, R$ 1,5 milhão será desembolsado pelo Porto de Suape, no âmbito do projeto Megamar Professor Fábio Hazin, e os R$ 500 mil restantes serão aplicados pela Secretaria de Ciência e Tecnologia de PernambucoO combate aos incidentes com tubarões na costa da Região Metropolitana do Recife (RMR) terá investimento de R$ 2 milhões nos próximos anos. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (9), após reunião do Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), no Palácio do Campo das Princesas.
Depois dos três ataques em Olinda e Jaboatão, no curto espaço do final de fevereiro até o início de março, a governadora Raquel Lyra (PSDB) decidiu deslocar o Cemit da Secretaria de Defesa Social (SDS) para a Secretaria de Meio Ambiente e Fernando de Noronha.
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A secretária estadual de Meio Ambiente, Ana Luiza Gonçalves, explica que do total de investimentos previstos, R$ 1,5 milhão será desembolsado pelo Porto de Suape, no âmbito do projeto Megamar Professor Fábio Hazin, e os R$ 500 mil restantes serão aplicados pela Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco.
"Além disso, o Ministério da Ciência e Tecnologia também participou da reunião e se propôs a construir em conjunto um edital entre Finep, CNPq e a nossa Facepe para pesquisar o tema. Então a gente acredita que mais valores podem ser alavancados", destaca a secretária.
Ela também adianta que, em função da necessidade de combater os incidentes, o Porto de Suape vai ampliar o escopo do programa Megamar.
"Suape já tinha realizado uma primeira fase e investido R$ 1 milhão, mas a área do programa inicialmente era limitada à região de Suape. Nessa segunda etapa, e com o aditivo que eles farão, o projeto será ampliado para a RMR. Suape já contava com 20 equipamentos de sondas marítimas e vão ampliar para 30, com essas 10 novas espalhadas pela RMR", comemora Ana Luiza.
Incertezas de suposições
A secretária acredita que as pesquisas serão capazes de responder o que está acontecendo com os ataques de tubarão, que aumentaram este ano e aconteceram em dias sucessivos.
"São pesquisas com resultados que a gente espera em um horizionte de mais de médio e longo prazo. Por enquanto estamos todos nós com mais perguntas e suposições do que certezas. Neste momento a gente precisa efetivamente da ciência para apontar o que está acontecendo. Isso sempre ocorreu em Pernambuco os registros datam de muito tempo atrás. Precisamos saber porque ocoreu com maior intensidade nos últimos dias", observa.
Do Jornal do Commercio para a Rede Nordeste
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