Peixe-leão, raro e venenoso, é encontrado em praia de Pernambuco

No Ceará, em 2022, houve pelo menos dois registros em águas do Estado: em abril, quando um pescador foi vítima de acidente e novembro, quando a espécie foi vista por mergulhadores em Fortaleza.

Pela primeira vez, pescadores encontraram peixes-leão no litoral pernambucano. Eles foram coletados na praia de Itamaracá, no Litoral Norte, na manhã deste domingo (26). No Ceará, em 2022, houve pelo menos dois registros em águas do Estado: em abril, quando um pescador foi vítima de acidente e novembro, quando a espécie foi vista por mergulhadores em Fortaleza

Segundo estudos, o peixe-leão é uma espécie asiática. Ele possui tamanho médio de uma régua escolar e é considerado venenoso.

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"O peixe-leão é espécie exótica e invasora. Originária dos oceanos Índico e Pacífico e vem tendo registros no Brasil desde dezembro de 2020. O registro de hoje em Itamaracá só reforça o risco ecológico da invasão para a biodiversidade brasileira", explica Gislaine Lima, coordenadora de projetos da ONG Projeto Conversação Recifal, em entrevista ao Jornal do Commercio.

"O peixe leão não tem predadores naturais. É conhecido por ser um predador agressivo de outros peixes e invertebrados marinhos, além de ser um animal peçonhento, que possui 18 espinhos venenosos, capazes de provocar acidentes", diz Gislaine.

"Também reproduzindo-se rapidamente, sendo capaz de causar elevados prejuízos ambientais e socioeconômicos. Além disso, por sobreviverem em diferentes habitats e alcançarem grandes profundidades, o manejo das populações invasoras é difícil", completa.

Pesquisadores afirmam que, no manuseio, o peixe pode liberar toxinas que geram sintomas como vermelhidão local, dor, febre e convulsão em humanos.

A ONG Projeto Conversação Recifal, criada com o objetivo garantir a preservação dos recifes de corais do Nordeste do Brasil, está acompanhando o caso.

Peixe-Leão: alerta da costa pernambucana

 

Em postagem nas redes sociais, a entidade afirmou que a Prefeitura de Itamaracá está com os exemplares dos peixes para estudos.

Disse também que está articulando reuniões com pescadores da região para alertar sobre o perigo da bioinvasão.

A orientação aos banhistas e pescadores é de que se avistarem o peixe-leão, informações devem ser repassadas ao SIMAF (https://simaf.ibama.gov.br/).

Podem também entrar em contato com cientistachefesema@gmail.com ou com a equipe do Projeto Conservação Recifal pelas redes sociais: @pcrconservacao (conta no Instagram).

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