SP: morre homem baleado ao levar arma para ressonância magnética
Leandro Mathias de Novaes, de 40 anos, foi alvejado quando pistola disparou em local de porte proibido; advogado e influencer se declarava "armamentista"
06:05 | Fev. 07, 2023
Morreu nessa segunda-feira, 6, o advogado Leandro Mathias de Novaes. Ele estava internado desde o dia 18 de janeiro, após ser atingido por um disparo da própria arma durante um exame médico.
Natural de Cotia (SP), Novaes era influencer e se declarava "armamentista". Ele produzia conteúdo nas redes sociais defendendo o porte de armas.
Em janeiro, o advogado levou a mãe para realizar uma ressonância magnética, exame que se baseia na ativação de um ímã extremamente forte. Antes de entrar no local, Novaes assinou um termo de responsabilidade, alegando não estar com nenhum objeto metálico.
Ele havia, porém, mentido, e portava uma pistola no momento do exame. Quando a máquina foi ativada, o gatilho da arma disparou, atingindo Novaes no abdômen. Ele passou por cirurgia e seu estado de saúde era considerado grave.
A informação do falecimento foi compartilhada pela subseção de Cotia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que emitiu uma nota de pesar. O órgão comunicou a "perda inesperada" de Novaes, e não mencionou o episódio com a arma.
Ao cumprir determinadas condições, é possível obter o porte de arma - isto é, permissão para andar publicamente com revólveres, pistolas e similares. Alguns locais, no entanto, proibem o trânsito com armas de fogo mesmo a estas pessoas.
Um exemplo são aviões comerciais. Em abril de 2022, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro recebeu um disparo acidental da própria arma, enquanto se preparava para despachá-la no aeroporto de Brasília (DF). Milton estava retirando a pistola de sua bagagem de mão, mas tentou remover a munição dentro da bolsa, e acabou atingido ao fazer o manuseio incorreto.
No caso de exames de ressonância magnética, o ímã pode ativar acidentalmente a arma, além de representar risco por atrair, com extrema potência, quaisquer objetos metálicos próximos à máquina.
Em junho de 2022, uma situação similar aconteceu em Santa Catarina. Um policial, que fazia de arma em punho uma abordagem dentro de uma clínica médica, teve a pistola "sugada" por um equipamento de ressonância magnética ativado no local. Na ocasião, ninguém ficou ferido.
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