Morre Adriana Dias, referência no estudo sobre células nazistas no Brasil
Antropóloga e militante pelos direitos das pessoas com deficiência, Adriana Dias participou do grupo de transição do governo Lula e teve a morte lamentada pelo Ministério dos Direitos Humanos e da CidadaniaO Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania confirmou a morte da antropóloga Adriana Dias, neste domingo, 29, aos 52 anos, em São Paulo. Ela era antropóloga, pesquisadora e referência nos estudos sobre células neonazistas no Brasil. A causa da morte não foi revelada, mas Adriana lutava contra um câncer.
No fim do ano passado, ela foi convidada para participar de grupo de transição do Governo Lula (PT). “Adriana foi uma figura importante na composição da nova gestão”, sublinhou o comunicado assinado pelo ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida.
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Na nota, o Ministério ainda celebra o papel de Adriana como "aguerrida ativista pelos direitos humanos" e "feminista por ideologia", tendo feito parte da Frente Nacional de Mulheres com Deficiência e sido coordenadora da Associação Vida e Justiça de Apoio às Vítimas da Covid-19.
“Com pesar, recebemos a notícia do falecimento da nossa companheira Adriana Dias. Expressamos aqui nossa homenagem em agradecimento a essa grande mulher, e enviamos nossos sentimentos à família”, concluiu o comunicado oficial.
O Primeiro Museu do Holocausto no Brasil também se manifestou após a notícia da morte da pesquisadora. “É com profundo pesar que o Museu do Holocausto de Curitiba comunica o falecimento da antropóloga e ativista Adriana Dias, aos 52 anos, em São Paulo.”
"Uma das pioneiras na pesquisa sobre o neonazismo no Brasil, ela foi responsável pelo maior mapeamento desses grupos no país. Sua pesquisa deu visibilidade e alertou constantemente sobre o crescimento de células neonazistas no Brasil". O comunicado foi feito na conta do Museu, no Twitter.