Mãe de Henry Borel volta a trabalhar na Secretaria Municipal de Educação do RJ

Como ela ainda aguarda o julgamento e está em liberdade, a Secretaria Municipal de Educação diz que não existem motivos para que ela seja afastada

Monique Medeiros, mãe de Henry Borel, voltou a trabalhar na Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro. Ela é servidora concursada e estava afastada das funções desde abril de 2021, quando foi presa acusada de matar o próprio filho junto com então namorado, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior.

Ela está solta desde agosto de 2022, após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que permitiu que Monique esperasse o julgamento em liberdade. O ex-vereador da criança, no entanto, continua preso.

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Como ela ainda aguarda o julgamento, não foi condenada e está em liberdade, a Secretaria Municipal de Educação diz que não existem motivos para que ela seja afastada.

"A orientação jurídica recebida pela Secretaria Municipal de Educação foi de que como a servidora foi solta pelo Superior Tribunal de Justiça e ainda não houve sentença condenatória, não há como a servidora concursada ser afastada e ter sua remuneração suspensa, razão pela qual ela retornou ao trabalho, em função administrativa no almoxarifado da Secretaria", informaram em nota cedida o jornal O Dia.

De acordo com o G1 - Rio de Janeiro, ela recebeu um salário de R$ 3,1 mil em dezembro de 2022.

"Ela é servidora pública municipal e possui direito de retornar às funções administrativas, uma vez que é considerada inocente e responde ao processo em liberdade, sem que haja qualquer restrição por parte do judiciário”, disse Hugo Novais, advogado de Monique, também ao G1 - Rio de Janeiro.

Antes da morte de Henry, ela era diretora na escola municipal Ariena Vianna da Silva, na zona oeste do Rio de Janeiro. Depois, pediu exoneração do cargo e passou a trabalhar no gabinete do conselheiro Luiz Antônio Guaraná, no Tribunal de Contas do Município do Rio (TCM).

 

Caso de Henry Borel se tornará série documental do HBO Max
Caso de Henry Borel se tornará série documental do HBO Max (Foto: Reprodução)

Relembre o caso

Na madrugada do dia 8 de março de 2021, o casal levou Henry ao hospital, mas ele já estava sem vida. De acordo com eles, a criança havia caído da cama e depois foi encontrado sem respirar, "desacordado e com os olhos revirados".

Os laudos médicos, no entanto, contradizem a versão do casal. A necropsia realizada pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que, entre a noite de 7 de março e a madrugada do dia seguinte, quando foi levado ao hospital, o garoto sofreu 23 lesões. O documento descarta a hipótese de queda da cama.

O comportamento tranquilo de Monique após a morte do filho despertou suspeitas. Depois do enterro do garoto, ela foi a um salão de beleza, e, no dia do depoimento à Polícia, tirou uma selfie na delegacia.

Para a Polícia, o garoto foi assassinado pelo ex-vereador. Não existem provas de que Monique tenha participado diretamente do homicídio. No entanto, de acordo com as investigações, ela se omitiu diante das agressões de Jairo contra a criança e não fez menção de denunciar o ex-vereador nos depoimentos à Polícia.

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