Com condição rara de saúde, menina recebe alta de hospital pela primeira vez

A pequena Maria Heloisa recebeu previsão de viver apenas uma semana de vida quando nasceu

Imagine ouvir dos médicos que seu filho só teria uma semana de vida? Foi isso que Eline Rodrigues ouviu quando a filha, a pequena Maria Heloísa, nasceu com Displasia Campomélica, uma rara síndrome. Nessa terça, 17, com 3 anos e nove meses, a menina recebeu alta e foi para casa pela primeira vez. A mãe diz que ela é um milagre.

A família da menina mora em uma fazenda na cidade de Paraíso, a 66 km de Palmas, capital do Tocantins. Eline contou ao G1 Tocantins que precisou percorrer o trajeto pelo menos três vezes por semana para visitar a filha. Ela tem outros dois filhos, um de 10 e outro de 6 anos. Heloísa teve uma parada cardíaca assim que nasceu, e por conta da condição de saúde, foi transferida imediatamente para a UTI.

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

"O médico disse que ela tinha uma malformação. Para mim foi o fim. Os bebês que nascem com essa doença geralmente não vivem um dia. Os médicos deram uma semana para ela, mas ela está viva há três anos, ela é um milagre vivo. Contrariou a Medicina", disse Eline ao G1 Tocantins.

No tempo que passou na UTI, Maria recebeu o apoio da equipe médica do Hospital Geral de Palmas. Em 2022, a menina ganhou festinhas de aniversário dos profissionais que a acompanhavam no tratamento.

"Os profissionais a trataram como filha. Mãe e pai não faltam para ela. Ontem, a equipe veio até a fazenda trazê-la e acompanhou tudinho, deram o suporte. Já criaram até um grupo para virem e fazerem o aniversário dela aqui na fazenda no dia 29 de abril. Toda hora mandam mensagem para saber se ela está bem. Eu fico feliz. Agradeço a Deus por ter eles na minha vida", contou.

Eline disse que Heloísa está bem, não estranhou o ambiente e dormiu a noite toda. Agora, a menina precisará passar por sessões de fonoaudiologia e fisioterapia. Por conta da traqueostomia, Maria não pode falar, mas dá um jeito. "Às vezes ela fecha o buraquinho da traqueia para poder gritar e ouvir a voz."

Os médicos dizem que por conta do problema de saúde, a menina não poderá andar, mas a mãe diz que confia em Deus e sabe que ela vai andar. Eline diz que está alegre por ter a filha em casa, que os outros dois filhos estão de férias em outro estado mas que ligam todos os dias para saber como a irmã está. Para ela, a filha nasceu no dia em que recebeu alta.

A despedida da menina na unidade de saúde também foi cheia de comoção. Os profissionais que acompanharam o processo de tratamento da menina estão muito felizes porque, a partir de agora, Heloísa terá uma nova vida, sendo exemplo de luta e perseverança.

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

Displasia Campomélica menina alta condição rara Tocantins Brasil

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar