A estimativa de custos da restauração varia entre R$ 1,5 milhão e R$ 4 milhões. Para levantar esse dinheiro, a Liguia e outros parceiros do projeto devem começar a negociar NFTs (itens digitais exclusivos e autênticos, como obras de arte virtuais, que são comercializados) envolvendo a escadaria. Entre os NFTs haverá artes baseadas na escadaria e nos azulejos.
A previsão é levantar os recursos até setembro deste ano. A partir daí é necessária a autorização das autoridades municipais para que a restauração seja feita, uma vez que o bem é tombado.
A venda dos NFTs também deve garantir o financiamento da gestão e conservação do local. A ideia é que, no futuro, os responsáveis pelo projeto entrem com um pedido de adoção do monumento junto à prefeitura da cidade.
Homenagens
Os 10 anos da morte de Selarón serão lembrados nesta terça-feira (10), com alguns eventos. Das 9h às 16h, está prevista uma limpeza da escadaria. Das 16h às 18h, será realizada uma roda de conversa com moradores dos arredores. Por fim, das 18h às 22h, serão lançadas as bases para uma governança compartilhada do monumento da Liguia com outros parceiros.
“A gente vai fazer um tributo a Jorge Selarón. Ele era um pintor que resolve fazer uma estratégia de marketing para atração ao ateliê dele. Ele começa a decorar a escadaria em frente ao seu ateliê com azulejos. Ele teve essa ideia por causa da Copa do Mundo de 1990”, conta o museólogo e fundador da Liguia, André Angulo.