Anitta revela diagnóstico de Epstein-Barr, vírus que pode causar da esclerose múltipla

A cantora contou que não estava conseguindo cantar, nem respirar bem. Vírus aumenta risco de oito doenças, incluindo ainda lúpus eritematoso sistêmico e diabetes tipo 1

16:19 | Dez. 04, 2022

Por: Cristina Brito
Anitta conta que Ludmila Dayer a salvou após orientar exames (foto: AG News / Marcelo Sá Barreto)

Durante o lançamento do documentário “Eu”, de Ludmila Dayer, nesse sábado, 3, a cantora Anitta revelou que foi diagnosticada com o vírus Epstein-Barr (EBV, na sigla em inglês), que pode causar esclerose múltipla.

O EBV também é relacionado ao aumento no risco de outras sete doenças, incluindo lúpus eritematoso sistêmico (LES) e diabete do tipo 1. No caso da funkeira, o vírus foi descoberto em fase inicial.

Anitta, que é responsável pela direção e produção do documentário, contou ter sido diagnosticada com a doença há dois meses e como a relação com Ludmila foi importante para sua recuperação.

Segundo a cantora, foi Ludmila quem deu orientações sobre exames, após notar sintomas em Anitta, semelhantes aos dela. A atriz atuou na novela "Malhação" e foi diagnosticada com esclerose múltipla em setembro de 2022, após um ano de investigação.

"Quando a gente começou todo esse contato, e saíram os resultados, eu estava com o mesmo vírus da Ludmila em fase inicial. [...] Por sorte, por destino, por tudo isso eu consegui nem chegar no estágio que a Ludmila chegou. Ela foi uma bênção na minha vida e só alegria. Uma coisa que ela falou é que a gente fica muito mais sensível em perceber pessoas que estão no mesmo caminho. As pessoas só vão no momento delas, no tempo delas", disse Anitta.

Em outro momento no evento de lançamento, a cantora falou sobre o medo de não conseguir dar sequência às suas apresentações e as dificuldades que estava sentindo.

"Eu não estava tendo condição de cantar, de respirar. Pra mim, ontem, foi uma celebração, estávamos comemorando porque eu não sabia se eu ia conseguir cantar e dançar o show inteiro, era um grande mistério, mas eu fui, conseguir cantar e dançar. Teve um trabalho de respiração um pouquinho maior e consegui fazer o show", compartilhou.

O documentário “Eu” também conta com a participação especial de Fernanda Souza, a narração de Ludmilla em primeira pessoa e entrevistas com neurocientistas, terapeutas, consteladoras e psiquiatras. A jornada é contada em capítulos e apresenta relatos íntimos da diretora. Anitta estreou como produtora associada do longa.

Internação

Na última quinta-feira, 1°/12, Anitta desembarcou no Brasil e deu entrada no hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de passar uma temporada pelo Japão.

No Twitter, a cantora escreveu: "Já já eu volto pra casa. Amanhã tem show. Tudo certo, e segue o baile". "Tá tudo bem, gente... Tudo certo", acrescentou a funkeira. O motivo da internação não foi revelado.

A última vez que Anitta passou por um hospital no Brasil foi para tratar os focos de endometriose que descobriu durante exames. Em julho, a cantora internacional recebeu alta após a cirurgia. Ela tinha dores no ovário há cerca de nove anos e só recebeu o diagnóstico após o pai se internar em um hospital do Rio de Janeiro com câncer.

Anitta contou que descobriu ter o vírus após ter se submetido a uma operação. "Eu tinha acabado de fazer uma cirurgia (de endometriose), achei que meu problema era aquele, que estava ótima", contou.