Ataque em Aracruz: professora que foi atingida por 7 tiros recebe alta

Docente saiu do hospital no dia em que a tragédia completou uma semana

21:36 | Dez. 02, 2022

Por: Gabriela Almeida
Professora recebeu alta no dia em que tragédia completou uma semana (foto: Reprodução/redes sociais)

Uma professora que foi atingida por sete tiros durante o ataque a escolas em Aracruz, no Espírito Santo, recebeu alta na manhã desta sexta-feira, 2. Sandra Regina Guimarães, de 58 anos, foi liberada do hospital no dia em que tragédia completou uma semana. 

O ataque ocorreu na última sexta-feira, 25, e deixou quatro mortos e 12 feridos. Na ocasião, um adolescente de 16 anos invadiu a Escola Estadual Primo Bitt e o Centro Educacional Praia de Coqueiral, situados em Aracruz, e efetuou disparos de arma de fogo. Atirador teria planejado ação por dois anos.

A professora de história Sandra Regina estava na primeira instituição atacada, a Escola Primo Bitt, e foi atingida por sete disparos. Para o G1 Espírito Santo, a docente contou que estava conversando com outras professoras quando ouviu um barulho alto, vendo em seguida um homem com arma atirando em suas colegas.

Ela relembra que chegou a se esconder embaixo de uma mesa, por orientação de uma professora, mas não conseguiu fugir dos disparos. A docente foi atingida por cinco tiros na perna esquerda e dois na perna direita, sendo rapidamente socorrida e encaminhada a um hospital.

Na unidade de saúde a educadora, que trabalha há 30 anos na escola, precisou passar por cirurgias e teve que lidar com a dor física e a emocional, mas se recuperou e recebeu alta nesta sexta. Sandra participa na escola do projeto 'Olhares e saberes', que valoriza a cultura indígena que é muito presente na região. 

Segundo G1, falta menos de dois anos para a professora se aposentar. Recuperada mas ainda abalada pelo acontecido, Sandra agora pede orações para todas as vítimas, parentes e toda a comunidade que sofreu com o ataque. 

Ataque foi planejado

De acordo com investigações, o adolescente planejou o ataque por dois anos e usou duas armas do pai, um policial militar. O suspeito tem 16 anos e teria estudado no colégio estadual atacado, o mesmo onde a professora Sandra trabalha, até junho deste ano.

Primeiro ele invadiu a escola estadual com uma pistola e efetuou vários disparos assim que entrou no estabelecimento de ensino. Depois seguiu até a sala dos professores e fez novos disparos. Duas professoras foram mortas na ocasião.

Logo em seguida o atirador usou um carro para sair da unidade e se encaminhou a escola particular Centro Educacional Praia de Coqueiral, realizando mais disparos dentro da instituição. Uma aluna foi morta. Atirador foi apreendido horas após o crime. 

Uma professora que foi atingida e estava no hospital morreu um dia após o crime. Quatro pessoas permanecem internadas em estado grave, sendo elas: uma mulher de 52 anos, uma de 45 anos, um menino de 11 e uma menina de 14.