Motorista fura bloqueio de grupos golpistas e atropela grupo de pessoas no interior de SP

Pelo menos dez pessoas foram atropeladas pelo condutor, que foi detido e levado à delegacia da Polícia Civil de Mirassol

19:31 | Nov. 02, 2022

Por: Mirla Nobre
Motorista atropela grupo de bolsonarista no interior de São Paulo nesta quarta-feira, 2 (foto: Reprodução/Redes sociais)

Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) foi atropelado, nesta quarta-feira, 2, após um motorista furar bloqueio feito pelos grupos antidemocráticos na Rodovia Washington Luís, em Mirassol, no interior de São Paulo. Em vídeos que circulam na rede social Twitter, é possível ver que pelo menos dez pessoas foram atropeladas pelo condutor.

Nas imagens, o motorista aparece com o carro parado e cercado por bolsonaristas. Sem conseguir passagem, ele acelerou e atingiu diversas pessoas na via. As vítimas foram socorridas para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Mirassol.

Veja vídeo

imagens fortes e primeiras infos: no interior de SP, em Mirassol, um motorista furou bloqueio bolsonarista na Washington Luis e atropelou ao menos 5 pessoas + pic.twitter.com/DBObb9SnwE

— Thaiza Pauluze (@thaizapauluze) November 2, 2022

Conforme informações do portal G1, duas das vítimas tiveram ferimentos graves e precisaram ser transferidas para o Hospital de Base de Rio Preto.

Outro vídeo sobre o caso mostra que, entre os feridos, havia uma criança. Nas imagens, é possível ver que ela encontra-se ao chão, com poucos movimentos. A Polícia Civil informou que algumas das vítimas estão em estado grave.

Após o atropelamento, um vídeo mostra que bolsonaristas quebraram o carro do condutor que passou pelas pessoas no bloqueio. O motorista do carro foi detido e levado à delegacia da Polícia Civil de Mirassol.

O caso aconteceu durante mais um dia da onda de protestos antidemocráticos feitos por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) contra o resultado das urnas. No último domingo, 30, Bolsonaro foi derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições presidenciais. Após isso, os protestos tiveram início em algumas regiões do país.