Bloqueios nas rodovias federais: 246 manifestações foram desfeitas, afirma PRF

Uma série de manifestações de grupos golpistas ocorre em todo o Brasil após a eleição de Luis Inácio Lula da Silva (PT) à presidência. TSE determinou o desbloqueio imediato de todas as vias

10:27 | Nov. 01, 2022

Por: Redação O POVO
Manifestação em Araricá, Região Metropolitana de Porto Alegre (foto: CRBM/G1/Divulgação)

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) desfez, até as 9 horas desta terça-feira, 1º, 246 bloqueios e interdições em rodovias brasileiras. Nesta manhã, 21 estados ainda presenciam algum tipo de bloqueio ou interdição — a maioria em Mato Grosso e no Pará. No Ceará, a PRF afirma que não há vias interditadas.

Uma série de manifestações de grupos golpistas ocorre em todo o Brasil desde a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência, na noite desse domingo, 30. Os grupos afirmam apoio ao atual presidente e candidato derrotado Jair Bolsonaro, que completou 37 horas sem se pronunciar após o resultado das urnas.

Ainda na noite dessa segunda-feira, 31, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a desobstrução imediata de todas as vias que estejam com seu trânsito interrompido ferindo o direito constitucional de ir e vir.

A decisão ainda determina que, em caso de descumprimento da medida, o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, seja afastado do cargo ou pague multa equivalente a R$ 100 mil por hora.

“O quadro fático revela com nitidez um cenário em que o abuso e desvirtuamento ilícito e criminoso no exercício do direito constitucional de reunião vem acarretando efeito desproporcional e intolerável sobre todo o restante da sociedade, que depende do pleno funcionamento das cadeias de distribuição de produtos e serviços para a manutenção dos aspectos mais essenciais e básicos da vida social”, diz Moraes no documento.

A ordem começou a ser cumprida ainda na noite dessa segunda-feira, de acordo com entrevista concedida pelo coordenador-geral de comunicação da PRF, inspetor Cristiano Vasconcellos, à CNN Brasil.