Professor é demitido após agredir aluno em escola particular do Grande Recife
A agressão contra o adolescente foi filmada por alunos que acompanhavam partida de handebol na quadra da escola
11:59 | Out. 28, 2022
Um adolescente de 17 anos foi agredido por um professor de Educação Física em uma escola particular de Paulista, Grande Recife, nessa quinta-feira (27).
A violência foi filmada por alunos que acompanhavam a partida de handebol na quadra do colégio.
Em um dos vídeos, é possível ver que o professor suspende o garoto e o solta no chão. Em outro registro, o menino tenta pegar uma bola que está com o profissional, quando é surpreendido por um soco no pescoço.
À TV Jornal , a mãe do adolescente informou que foi ao Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) do Paulista registrar um boletim de ocorrência .
Segundo a mulher, após a violência, a coordenadora da unidade de ensino teria coagido o filho a não falar que havia sido vítima de uma agressão.
"Eu me sinto ofendida, meu filho foi exposto de uma maneira vexatória [...] A coordenadora disse que meu filho não tinha sido agredido e que o soco fazia parte do jogo. Revoltado, ele me ligou para contar o que aconteceu".
Segundo os alunos, no momento da confusão, outros profissionais da escola estavam na quadra de esportes mas não teriam feito nada para impedir a ação do educador físico.
A mãe do aluno afirmou ainda que essa não teria sido a primeira vez que o professor teve essa postura com o filho dela e que outros estudantes já teriam sido vítimas .
A reportagem questionou a polícia se o homem seguirá em liberdade e aguarda posicionamento da instituição.
Ao JC, o Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) disse lamentar o ocorrido na escola de Paulista e informou que irá instaurar um processo ético administrativo para apurar a conduta do profissional.
"O CREF12/PE repudia a violência (em qualquer ambiente) e reforça a necessidade de se manter nas escolas, Profissionais de Educação Física devidamente qualificados e regulares junto ao Conselho Profissional", declarou o órgão em nota.
Em nota, a escola particular Aquarela disse repudiar as atitudes dos funcionários e que o educador não faz mais parte do quadro da instituição. A coordenadora também foi afastada.
"A direção esclarece que foram tomadas medidas imediatas para o funcionário e todas as medidas para o apoio total à família."
Do Jornal do Commercio para a Rede Nordeste