TO: hospital amputa pernas de paciente e entrega em caixa de papelão

Regra para descarte de membros amputados é determinada pela Anvisa; Secretaria da Saúde do Tocantins alega "falha de comunicação" entre hospital e família

Familiares de uma vítima de acidente de trânsito se chocaram nessa segunda-feira, 10, ao receberem as pernas amputadas do paciente em uma caixa de papelão. As informações são do portal G1.

Segundo o site, o pedreiro Deonir Teixeira da Paixão sofreu um acidente de moto no domingo, 9. Durante o resgate, ele precisou ter uma perna removida. Outra foi amputada já no hospital.

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A unidade, vinculada à Secretaria Estadual da Saúde (SES) do Tocantins, contatou então a família sobre o destino dos membros. Segundo os parentes de Deonir, foram oferecidas duas opções: receber as pernas amputadas, ou o hospital as descartaria "no lixo hospitalar".

Assustada com a ideia de que parte de Deonir fosse jogada no lixo, a família decidiu ficar com os membros. Pouco tempo depois, eles foram entregues ao filho do pedreiro.

As pernas estavam em uma caixa de papelão fechada com esparadrapos. Na tampa, um bilhete descrevia os membros amputados.

Procurada pelo site, a SES disse que houve uma "falha de comunicação" entre o hospital e a família do paciente. Segundo o órgão, "a equipe multiprofissional não soube explicar o trâmite à família".

Em casos de amputação, uma norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determina o que deve ser feito com os membros. O protocolo define que a unidade de saúde responsável pela remoção deve contatar familiares do paciente e orientar sobre o procedimento.

Segundo a regulamentação, deve ser explicada a necessidade da amputação para proteger a vida do paciente, e dadas alternativas sobre o descarte: os membros podem ser entregues à família ou processados por uma empresa especializada.

No primeiro caso, o hospital deve providenciar um documento para a família fazer o sepultamento das partes do corpo removidas. No segundo, os membros geralmente são incinerados. Restos humanos não são descartados com lixo hospitalar ou comum.

Após receber as pernas, a família de Deonir procurou uma funerária, que não soube como proceder. Eles tentaram, então, levar os membros ao cemitério, mas não conseguiram realizar o enterro por falta de documentos.

Deonir segue internado em estado grave. Após a cirurgia, ele foi levado ao Hospital Geral de Palmas, e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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