MG: Mulher "dá carteirada" e tenta obrigar PMs a arrumarem vaga para carro: "Sou filha de juíza"
"Eu vou mandar uma fotinho deles para a mamãe", disse a filha da juíza após ser abordada por policiais militares
11:48 | Ago. 17, 2022
Uma mulher tentou obrigar policiais militares a arrumarem uma vaga para estacionar o carro em que ela estava. A situação foi registrada na noite de sábado, 13, no município de Ubá, em Minas Gerais. Na ocasião, a mulher se apresentou como filha de uma juíza e, por isso, os militares deveriam acatar sua solicitação. Um vídeo da ação, gravado por um dos policiais, foi divulgado nas redes sociais.
A mulher em questão foi identificada como a médica Paula Gonçalves Carneiro. A mulher é filha da juíza Vilma Lúcia Gonçalves Carneiro, da Vara da Infância e Juventude de MG. "Eu só queria um carro para parar sem ter confusão", disse Paula aos policiais.
De acordo com a Polícia Militar, os agentes realizavam patrulhamento no centro da cidade, quando o veículo ocupado por Paula Carneiro e outra mulher parou na rua. Paula, que estava no banco do passageiro, desceu do carro e solicitou que os policiais retirassem a viatura do local para que as duas pudessem estacionar. "O que você quer que eu faça? A via é pública, você pode parar em qualquer lugar", respondeu um dos policiais.
"A gente é polícia, não é flanelinha, não. Vai pra casa", teria informado um segundo militar. A amiga, que ainda estava no carro, chegou a falar que não iriam para casa por que queriam beber mais. “Você pode beber, mas não de carro”, informou um dos agentes. No vídeo, os PMs ainda indicam outro lugar para que ela estacione o carro. "Tem estacionamento ali, você pode colocar o carro no estacionamento", diz um deles.
A mulher, no entanto, não gostou da resposta dos agentes. "Tá de sacanagem?", reclamou. A amiga de Paula convidou a mulher para ir até o estacionamento, mas a médica recusa e pede o celular da acompanhante. "Olha pra mim. Tu 'consegue' Dr. Vilma Lúcia Gonçalves Carneiro? Juíza da Vara da Infância e Juventude. Tu tá com problema?", diz Paula.
Nos registros, os policiais pedem que ambas retirem o veículo da via ou então prenderiam a mulher e o carro. Com isso, a médica se exaltou. "Me prende, porra! Me prende! Eu quero ver você me prender. Tu é macho ou não é?", gritou Paula. A amiga tenta retirar a mulher do local, sem sucesso. "Eu vou mandar uma fotinho deles para a mamãe", disse Paula.
De acordo com a PM, Paula chegou a abrir a porta da viatura e sentou no banco traseiro. "Utilizando a técnica policial de verbalização, os policiais militares, juntamente à sua amiga, condutora do veículo, conseguiram convencê-la a se retirar da viatura policial, não sendo necessário o uso de força", explicou a Polícia Militar, em nota enviada ao portal UOL.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) também informou que "acompanha a apuração do caso e só irá se manifestar posteriormente".