PM que matou Leandro Lo criou projeto de prevenção da violência contra mulher

A ação ocorreu em parceria com a Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo (Defenda PM)

18:57 | Ago. 09, 2022

Por: Danrley Pascoal
Lutador de jiu-jítsu Leandro Loo, oito vezes campeão mundial da sua modalidade, foi atingido com um tiro na cabeça disparado pelo PM Henrique Otávio Oliveira. Leandro teve morte cerebral confirmada e Henrique foi preso nesse domingo, 7/8/2022 (foto: REPRODUÇÃO INSTAGRAM)

O policial militar Henrique Velozo, de 30 anos, acusado de matar com um tiro na cabeça Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu, idealizou em 2019 um projeto voltado à prevenção de crimes contra as mulheres, chamado "Segunda Força". A ação ocorreu em parceria com a Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo (Defenda PM). O tenente da PM foi preso temporariamente nessa segunda-feira, 8, pelo crime cometido na madrugada de domingo, 7, em São Paulo. 

De acordo com o portal G1 São Paulo, em publicação do site do Defenda PM, divulgando a iniciativa em dezembro de 2019, as informações davam conta de que Henrique era responsável por ensinar técnicas de defesa pessoal e noções jurídicas para ajudar no fortalecimento da autoestima e autoconfiança das mulheres.

Em vídeo no site do órgão parceiro, Veloso explicou quais eram os objetivos da iniciativa: “É dar instrumentos eficazes de defesa pessoal e inteligência emocional. Acredito que a prevenção do crime e fortalecimento da autoconfiança passam pelo necessário acesso à informação. O foco é a prevenção primária, não queremos motivar o enfrentamento, mas preparar a neutralização de um possível ataque”, afirmou em entrevista à associação”, disse em aspas em retiradas do G1 São Paulo.



Procurada, a associação não informou se o projeto ainda acontecia, conforme o G1 São Paulo, Henrique dizia ser especialista em proteção de gênero e violência doméstica contra a Mulher pela Escola Paulista da Magistratura do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), porém, foi desmentido em nota.

"Não foi um curso de especialização. O policial foi aluno de um curso de extensão universitária: foi o “Curso de Extensão Universitária em Proteção de Gênero e Violência Doméstica contra a Mulher", ministrado em 2013 (de 15/05 a 11/09)", afirmou o TJSP em aspas retiradas do G1 São Paulo.