Governo amplia uso da Coronavac para crianças de 3 a 5 anos
Após autorização da Anvisa, Ministério da Saúde recomenda que imunizante contra a covid-19 comece a ser aplicado nesta faixa etária. Inicialmente, Estados e municípios devem usar doses em estoque.O Ministério da Saúde recomendou nesta sexta-feira (15/07) a vacinação de crianças de três a cinco anos contra a covid-19 com a Coronavac. É o primeiro imunizante liberado no Brasil para esta faixa etária. Por ora, Estados e municípios devem utilizar as doses em estoque. Mais unidades devem ser adquiridas em breve pelo governo federal. "Tendo em vista a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e, ouvida a Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI), o Ministério da Saúde orienta os entes federativos a ampliar o uso da vacina Covid-19/Coronavac para faixa etária de 3 a 5 anos de idade", afirmou a pasta em nota. A vacina é a mesma utilizada em adultos e deve ser aplicada em duas doses, com um intervalo de 28 dias. Na quarta-feira, por unanimidade, a Anvisa havia autorizado a aplicação emergencial da Coronavac em crianças de três a cinco anos. A vacina é produzida pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Mesmo antes da recomendação do Ministério da Saúde, a cidade do Rio de Janeiro havia começado, na quinta-feira, a vacinar crianças com quatro anos de idade contra a covid-19. Segundo a diretora da Anvisa, Meiruze Souza Freitas, a Coronavac é aprovada em 56 países e tem o aval da Organização Mundial da Saúde (OMS). O imunizante já teve cerca de um bilhão de doses aplicadas e tem contribuído para reduzir mortes e hospitalizações. "Vacinar crianças de três a cinco anos contra a covid-19 pode ajudar a evitar que elas fiquem gravemente doentes se contraírem o novo coronavírus", explicou Meiruze, que foi relatora do pedido analisado nesta quarta. O Brasil já havia autorizado duas vacinas contra convid-19 em crianças: a da Pfizer, a partir de 5 anos, e a própria Coronavac, a partir de 6 anos. Decisão com base em estudos A decisão da Anvisa foi baseada em diversos estudos nacionais e internacionais. As pesquisas foram realizadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Instituto Butantan, além de entidades internacionais. Também foram levados em conta pareceres de sociedades médicas e das áreas de farmacovigilância e de avaliação de produtos biológicos da Anvisa. Um dos estudos clínicos, feito no Chile, mostrou efetividade de 55% da CoronaVac contra a hospitalização de crianças que testam positivo para a covid-19. Além disso, as crianças que participaram dos estudos clínicos apresentaram maior número de anticorpos e menos reações à vacina em relação aos adultos. No Brasil, outros dados revelaram que as reações graves após a imunização foram consideradas raras e raríssimas. A conclusão foi obtida após análise de 103 milhões de doses aplicadas no país. le (Agência Brasil, ots)
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