CoronaVac: Anvisa decide nessa quarta se libera o imunizante para crianças entre 3 e 5 anos

Vacina gerou quatro vezes mais anticorpos em crianças de 3 a 5 anos do que em adultos, segundo estudo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisa nesta quarta-feira, 14, a autorização para a administração da vacina CoronaVac (Butantan) em crianças de 3 a 5 anos de idade. A decisão tem como base estudos acadêmicos que afirmam que o imunizante é seguro e eficaz no combate à doença no grupo etário. As informações são do jornal O GLOBO.

Um dos trabalhos utilizados para embasar a possível decisão—obtido pelo jornal O GLOBO—é chamado de Projeto Curumim e foi desenvolvido pelo centro de pesquisa clínica do Hospital Universitário Cassiano Antonio Moraes (Hucam), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em parceria com o Instituto René Rachou (Fiocruz Minas).

É + que streaming. É arte, cultura e história.

+ filmes, séries e documentários

+ reportagens interativas

+ colunistas exclusivos

A pesquisa revelou que a CoronaVac gerou de três a quatro vezes mais células neutralizantes do vírus da Covid-19 no grupo de 3 a 5 anos em relação aos adultos. Já em comparação à faixa etária de 6 a 17 anos, o número de células de defesa dobrou. Todos os participantes que não contraíram a doença antes de receber a vacina produziram anticorpos.

 

Outro resultado que também parece animador em relação à aplicação da CoronaVac em crianças é a baixa ocorrência de efeitos colaterais em comparação à vacina Pfizer. Durante todo o estudo, não houve notificação de eventos de hospitalizações e mortes de crianças, adolescentes e adultos. 

Ao O GLOBO, a pesquisadora Valéria Valim, coordenadora do Projeto Curumim, diz que a taxa de eficácia da CoronaVac é inversamente proporcional à idade de quem a toma. Em outras palavras, funciona melhor para pessoas com idade inferior a 6 anos de idade.

"A CoronaVac é uma vacina de vírus inativado, portanto, de tecnologia conhecida e bastante segura. A maior resposta em crianças pode significar que o estímulo seja suficiente para induzir uma resposta imunológica maior e suficiente para dar proteção", disse a pesquisadora.

Além do estudo desenvolvido na Ufes, outros trabalhos como o realizado pelo Ministério da Saúde do Chile, são utilizados para justificar o possível aval da Anvisa à CoronaVac. No último sábado, 9, o Instituto Butantan, que fabrica o imunizante no Brasil, solicitou o registro definitivo da vacina à Agência. 

Dúvidas, Críticas e Sugestões? Fale com a gente

Tags

coronavírus coronavac vacinação covid-19 vírus vacina pfizer imunização doença saúde anvisa brasil

Os cookies nos ajudam a administrar este site. Ao usar nosso site, você concorda com nosso uso de cookies. Política de privacidade

Aceitar