Mãe de menina forçada a não abortar diz que se sentiu "um nada" durante audiência com juíza
"Até chamada de desequilibrada eu fui", disse a mãe da criança de 11 anos ao FantásticoA mãe da menina de 11 anos que foi coagida a não abortar após ser vítima de um estupro disse que se sentiu "um nada" durante a audiência com a juíza Joana Ribeiro Zimmer. "Até chamada de desequilibrada eu fui", frisou. O caso aconteceu na cidade de Tijucas (SC).
A mãe buscou a Justiça para interromper a gestação de sua filha, que estava com 5 meses. "Eu não podia tomar nenhuma decisão pela vida da minha filha. Então, para mim, foi muito difícil, chorei, me desesperei, gritei dentro do fórum. Até chamada de desequilibrada eu fui", contou em entrevista ao programa Fantástico.
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Além de ficar longe da filha por mais de quarenta dias, a mãe relata que seu marido, padrasto da menina, foi acusado erroneamente pelo estupro. Ele fez um exame de DNA e provou a sua inocência. "Ele foi afastado de casa, teve que manter distância da minha filha, manter distância da minha casa, então a gente só quer que a Justiça seja feita", disse.
O caso
O caso da juíza que tentou coagir a criança a não abortar se tornou público após o Portal Catarinas e o The Intercept Brasil divulgarem áudios da audiência. Depois da repercussão, a criança de 11 anos conseguiu realizar o aborto.