Elize Matsunaga: relembre caso de esquartejamento que chocou o Brasil há 10 anos

A culpada de matar e destruir o cadáver do marido, Marcos Matsunaga, herdeiro da fortuna Yoki, entrou em liberdade condicional após pagar dez anos de pena pelo crime

Em maio de 2012, há exatos dez anos, o empresário e herdeiro da empresa alimentícia Yoki, Marcos Kitano Matsunaga, desapareceu do seu apartamento em São Paulo. Sua esposa, Elize Araújo Kitano Matsunaga, foi condenada por ter matado, destruído e ocultado o corpo do marido, esquartejando e colocando-o em sacos, os quais descartou em uma área de vegetação na Região Metropolitana de São Paulo.

Elize Matsunaga foi liberada do Complexo Penitenciário de Tremembé nesta segunda-feira, 30, após conseguir a liberdade condicional. Relembre os detalhes de um dos casos de homicídio mais famosos do Brasil

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Caso Yoki: relembre informações do assassinato de Marcos Matsunaga

 

O julgamento do caso Yoki, como é conhecido o crime, foi um dos mais longos da história da Justiça de São Paulo, durando sete dias. Apesar de Elize Matsunaga ter cometido o crime em 2012, foi só em novembro de 2016, mais de cinco anos depois, que o júri a considerou culpada das acusações. Elize já estava presa desde 2012, por ter assumido a autoria do crime assim que o corpo do marido foi identificado.

De acordo com ela, o crime foi cometido em decorrência das infidelidades do marido, e o tiro disparado aconteceu após um desentendimento entre o casal. Os dois tinham licença para porte de armas, por estarem enquadrados na categoria CAC (Colecionadores, Atiradores e Caçadores) do Exército Brasileiro; a arma do crime, uma pistola .380, havia sido presente do marido.

Elize agiu sozinha no crime. As crises de ciúmes do casal eram frequentes, apesar de que a convivência, de acordo com amigos e familiares, era pacífica. Elize acreditava fortemente que Marcos a traía, e já havia chegado a forçar o marido a demitir uma empregada de casa por acreditar que eles tinham um caso.

Histórico de abusos e prostituição marca trajetória do casal Matsunaga antes de tragédia

 

O casal havia se conhecido em um site de prostituição; os dois firmaram um relacionamento sério após algum tempo, apesar de Marcos ainda estar casado com a primeira esposa. A filha dos dois, cujo nome não foi divulgado, está sob a guarda da tia de Elize. As informações são de que Elize teria fugido de casa em decorrência dos abusos sexuais que sofreu nas mãos do padrasto.

A ré confessa do crime revelou ter deixado o marido morto no quarto por horas, antes de esquartejá-lo. Assim que o fez, colocou seus restos mortais em malas de viagem e colocou-as em seu carro; Elize pretendia voltar para o Paraná, seu estado natal, mas foi parada pela PRF e voltou para São Paulo. Ela então acabou despejando as malas na cidade de Cotia (SP), onde foram encontradas pela polícia.

Elize Matsunaga foi condenada a 19 anos, 11 meses e 1 dia de prisão no dia 5 de dezembro de 2016. No momento da sentença, ela já havia cumprido mais de 4 anos, após ser presa preventivamente no momento da confissão do crime. Hoje, em liberdade condicional, Matsunaga diz acreditar que o marido a “perdoou” e que deseja rever a filha.

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