Varíola dos macacos: Anvisa alerta sobre o uso de máscaras e distanciamento físico

No Brasil não há casos confirmados ou suspeitos da doença até o momento

Em nota ao O POVO, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) destaca que medidas como distanciamento físico, uso de máscaras e higienização frequente das mãos em aeroportos e aeronaves são importantes para combater as formas de transmissão da varíola dos macacos. O Ministério da Saúde estabeleceu uma Sala de Situação para monitorar a doença (monkeypox) no Brasil. No País, não há casos confirmados ou suspeitos da doença até o momento.

A Anvisa informou que mantém-se alerta e vigilante quanto ao cenário epidemiológico nacional e internacional e está acompanhando os dados disponíveis e a evolução da doença. O órgão evidenciou que essa postura visa ajustar as medidas sanitárias para proteção da saúde da população, caso necessário. 

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A Agência explica que não recomenda o "reforço" do isolamento social, mas o "distanciamento físico sempre que possível". As medidas não farmacológicas, reforça em nota, "têm o condão de proteger o indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças".  

Na américa latina, o Ministério da Saúde da Argentina está investigando o primeiro caso suspeito da enfermidade. Os agentes sanitários do país investigam a situação de um homem, morador da província de Buenos Aires, que chegou a um posto de saúde apresentando sintomas compatíveis com os da varíola dos macacos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou até este sábado cerca de 90 casos globalmente, e cerca de 30 casos suspeitos.

Na Alemanha, o primeiro caso da doença foi em um brasileiro. "O paciente continua bem, ele tem relativamente poucos sintomas", disse o médico chefe do setor de infectologia da München Klinik Schwabing, Clemens Wendtner, segundo reportagem publicada neste domingo, 22, pelo jornal TZ.


Sintomas e contágio



De acordo com o Instituto Butantan, os sintomas da varíola dos macacos iniciais incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, linfonodos inchados, calafrios e cansaço físico. Lesões na pele aparecem por todo o corpo, desenvolvem-se primeiramente no rosto e espalham-se para o resto do corpo. As lesões no corpo assemelham-se a manchas de catapora ou sífilis, após formam uma crosta e caem.

A fonte de infecção ainda não foi confirmada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O Instituto Butantan destaca que a doença pode ser transmitida por gotículas expelidas por humanos ou animais infectados ou por meio do contato com as lesões na pele ocasionadas pela doença. O contágio também pode acontecer pelo contato com roupas e materiais contaminados. O período de incubação varia de 6 a 13 dias, mas em casos mais sérios pode chegar até 21 dias. Dessa forma, o recomendado é que pessoas infectadas fiquem isoladas e em observação por 21 dias.

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