Hepatite infantil misteriosa: Pernambuco registra segundo caso suspeito
Novo registro é de um adolescente do sexo masculino, de 14 anos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde
08:13 | Mai. 11, 2022
Pernambuco registrou, nessa terça-feira (10), o segundo caso suspeito de hepatite aguda grave de origem desconhecida. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), inclusive, já notificou o Ministério da Saúde. O novo registro é de um adolescente do sexo masculino, de 14 anos, que reside no município de Salgueiro, no Sertão do Estado.
De acordo com Estado, o paciente deu entrada no Hospital Getúlio Vargas, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, no sábado (7), com quadro de febre e artralgia, após ter sido atendido inicialmente no Hospital Regional Inácio de Sá, em Salgueiro.
A Secretaria de Saúde informou que os primeiros exames coletados detectaram aumento nas transaminases, que são enzimas intracelulares que atuam catalisando diversas reações, principalmente no fígado, e um dos critérios elencados pelo órgão federal para definição de caso suspeito.
O adolescente de 14 anos segue internado em enfermaria da unidade, evoluindo bem ao tratamento e sendo acompanhado pela equipe multiprofissional do serviço.
Primeiro caso suspeito
Na segunda-feira (9), o Ministério da Saúde já havia confirmado o primeiro caso suspeito em Pernambuco: uma criança de um ano, do sexo masculino, residente no município de Toritama.
No último dia 25 de março, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) já emitiu alerta a toda a rede de saúde do Estado (unidades públicas e privadas), para "ficar atenta a crianças e adolescentes com sintomas sugestivos da doença". Na noite da terça-feira (26), um dia após a divulgação do primeiro alerta, a SES soltou uma atualização do documento, a fim de compartilhar, com profissionais de saúde, diretrizes de identificação precoce de casos suspeitos, estabelecer medidas controle e prevenção.
Há confirmação da doença, cuja origem ainda é desconhecida, em mais de 20 países. Esse tipo específico da hepatite infantil, em 10% dos doentes, pode exigir transplante de fígado e até matar.
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